Opressão da mulher e horror na tela do cinema hindi: Bulbbul (2020) na perspectiva feminista pós-colonial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Belei, Paula Tainar de Souza [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/256903
Resumo: A presente tese teve como objetivo central a análise crítica, a partir do método histórico, do filme hindi Bulbbul (2020), dirigido por Anvita Dutt, que foi lançado na plataforma Netflix em meio ao contexto da pandemia de COVID-19. O propósito da análise foi problematizar a complexa trajetória de luta da mulher indiana na conquista pelo espaço público, direitos civis, crítica contra a violência e dificuldade no cumprimento das leis, aspectos representados na tela do cinema. Na Índia, este debate foi intensificado após o trágico estupro coletivo que chocou o mundo em 2012, ocorrido em um ônibus na cidade de Nova Délhi, impulsionando também o interesse na produção de películas com temáticas de crítica social. Apesar dos avanços que foram alcançados pelo movimento feminista, a maior república do mundo ainda enfrenta desafios significativos em construir uma sociedade mais igualitária em relação ao gênero. Desde o primeiro mandato, o primeiro-ministro Narendra Modi, partido BJP de orientação nacionalista hindu extremista, foi alvo de críticas por suas políticas que pareciam perseguir muçulmanos, secularistas, liberais, esquerdistas, membros de castas inferiores, imigrantes e mulheres. Com a sua reeleição em 2019, ganhou força e gerou insegurança em relação aos desafios que as mulheres poderiam enfrentar. Com a análise crítica da narrativa, sonora e estratégias imagéticas articuladas por Dutt, pretende-se detectar de que maneira se desenvolve a denúncia implícita da persistência de opressão no século XXI e a possibilidade de retrocessos nas conquistas femininas, além da representação dos horrores enfrentados pelas mulheres na vida real.