Fungos emboloradores e manchadores associados à madeira de Pinus spp: gêneros, alterações e controle biológico

• Ano de defesa: 2007
• Autor(a) principal: Martins, Cristiane Moreno
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Antagonismo; Bioproteção; Isolamento; Pigmentação da madeira; Ciências Agrárias - Agronomia; Antagonism; Bioprotection; Isolation; Wood pigmentation
• Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17638

Fungos pigmentadores ou descoloradores do alburno de Pinus spp. apresentam hifas e/ou esporos pigmentados ou ainda hifas hialinas secretoras de melanina; colonizam árvores recém-abatidas e madeiras de corte, levando ao aparecimento de áreas de coloração variável, superficiais ou profundas, cuja importância está relacionada à depreciação da qualidade e do valor comercial da madeira. O tratamento das madeiras é tradicionalmente realizado através do controle químico, com a aplicação de preservativos e fungicidas. Recentemente novos métodos para controle de fungos emboloradores e manchadores têm sido propostos, como o controle biológico, as medidas de bioproteção e a associação destes com métodos físicos. Este trabalho teve como objetivo (1) verificar a ocorrência e identificar os principais gêneros de fungos emboloradores e manchadores associados à madeira de Pinus spp., provenientes de lotes do Paraná, Santa Catarina e São Paulo; (2) determinar o potencial de manchamento, in vitro e in natura, desses isolados; (3) selecionar microrganismos biocontroladores, como bactérias e actinomicetes; (4) avaliar a qualidade das madeiras colonizadas por pigmentadores e tratadas com biocontroladores, quanto as alterações na coloração. Através do levantamento bibliográfico, bem como durante os trabalhos de isolamento destes microrganismos, foi possível a elaboração de protocolo para o isolamento de fungos emboloradores e manchadores de madeira. Dos 165 isolados causadores de pigmentação na madeira de Pinus spp. obtidos, 87 foram caracterizados como emboloradores, onde estavam presentes os gêneros Trichoderma, Penicillium e Aspergillus e, 78 isolados como sendo manchadores, contemplando os gêneros Fusarium, Lasiodiplodia, Epicoccum, Pestalotiopsis, Paecilomyces. Testes laboratoriais, in vitro e in natura, revelaram que é possível utilizar bactérias e actinomicetos como biocontroladores destes fungos. Isolados A6, A8, A16, DA5P (in vitro) e Pf1, P4, P3 e Débora (in natura), demonstraram efeito antagônico sobre os fungos emboloradores; já os isolados DA5P, A6, Esc. 2 (in vitro) e DA5P e Pf1 (in natura), apresentam grande efeito antagônico sobre os fungos manchadores.