Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Kegele, Carolina Schettino
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Orientador(a): |
Ribeiro, João Batista
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Banca de defesa: |
Húngaro, Humberto Moreira
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Castro, Karina Neoob de Carvalho
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia do Leite e Derivados
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Departamento: |
Faculdade de Farmácia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17729
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Resumo: |
Este trabalho teve como objetivo caracterizar linhagens autóctones de enterococci e lactobacilli com potencial bioprotetor contra Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae, Escherichia coli e Enterococcus faecalis. Para tal, 98 linhagens de BAL geneticamente não redundantes, previamente isoladas de produtos lácteos foram identificadas como lactobacilli (n=48) e enterococci (n=50) por PCR. Após confirmação da diversidade genética por REP-PCR, as linhagens foram identificadas por MALDI-TOF como Lactiplantibacillus plantarum (N=14), Lacticaseibacillus paracasei (N=12), Lacticaseibacillus rhamnosus (N=12), Lactiplantibacillus pentosus (N=4), Limosilactobacillus fermentum (N=2), Lactobacillus jonhsonii (N=1), Lentilactobacillus hilgardii (N=1), Lentilactobacillus parabuchneri (N=1), Levilactobacillus brevis (N=1), Enterococcus faecium (N=31), Enterococcus faecalis (N=17) e Enterococcus durans (N=4). A identificação foi confirmada por PCR para L. plantarum, L. paracasei, L. rhamnosus e L. brevis. Nos ensaios de bioproteção in vitro, as linhagens de enterococci foram mais efetivas contra S. agalactiae, enquanto as de lactobacilli inibiram S. aureus, E. coli e E. faecalis (p ≤ 5%). Maior potencial bioprotetor foi observado em linhagens de Lactiplantibacillus plantarum, Lacticaseibacillus paracasei, Lacticaseibacillus rhamnosus, Lactiplantibacillus pentosus, Lentilactobacillus hilgardii, Lentilactobacillus parabuchneri, Enterococcus faecium e Enterococcus faecalis. Indícios de inibição por atividade de bacteriocinas foram observados em linhagens de L. plantarum (972), L. plantarum (794), uma de E. faecalis (681) e duas de E. faecium [7(23) e 15(74)], nas quais se observou a perda de atividade inibitória na presença de enzimas proteolíticas. Todas as linhagens foram analisadas quanto ao perfil de resistência aos antibióticos penicilina G, ampicilina, vancomicina, gentamicina, estreptomicina, tetraciclina, cloranfenicol, eritromicina e clotrimoxazol e apresentaram suscetibilidade a pelo menos quatro antibióticos. Linhagens de lactobacilli apresentaram alto índice de resistência à Vancomicina (n=44, 91,6%) e Cotrimoxazol (N=22, 45,83%) apresentando suscetibilidade principalmente aos antimicrobianos Cloranfenicol (N=43, 89,58%) e Eritromicina (N=43, 89,58%). Linhagens de enterococci exibiram maior taxa de resistência à Eritromicina (N=23, 44,23%) e Penicilina G (N=21, 40,38%) com elevada suscetibilidade ao Cloranfenicol (N=49, 94,23%) e à Vancomicina (N=47, 90,38%). Duas linhagens de L. plantarum (82 e 88), uma de E. faecalis (18) e duas de E. faecium (41 e 46) foram escolhidas para continuidade da pesquisa em projetos futuros por apresentarem maior potencial bioprotetor e indícios de inocuidade. Mais estudos são necessários para caracterizar os mecanismos de bioproteção, bem como, para garantir a segurança destes microrganismos antes da sua utilização no desenvolvimento de bioprocessos e/ou bioprodutos industriais. |