Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Abreu, Samantha Danielly de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/8972
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Resumo: |
Resumo: Este trabalho tem como objetivo pesquisar a autoria feminina na poesia brasileira, mais especificamente duas obras da escritora mineira Adélia Prado: O Pelicano, publicada em 1987, e A Faca no Peito, publicada em 1988 No percurso da pesquisa, a intenção é evidenciar que além de estabelecer um lugar de reconhecimento na historiografia literária brasileira – fato que pode ser comprovado por diversas críticas que a poeta recebeu ao longo de sua carreira, algumas delas constando neste trabalho –, a poeta subverteu a tradição poética desde Hesíodo, em Teogonia (27), tomando para si o lugar de trovadora e colocando como objeto de inspiração poética e divina um homem, o muso Jonathan Para o muso inspirador, forjado no desejo, a trovadora entoa cânticos de amor, de erotismo, de busca pelo momento do milagre e do sublime poético; tudo isso representando a diversidade de vozes e formas femininas Para mostrar por que a produção de Adélia Prado, sobretudo nas duas obras escolhidas para esta pesquisa, é representativa de lugares para outras mulheres na literatura brasileira, foram usados como embasamento crítico e teórico alguns textos de Virgínia Woolf, de Marcia Tiburi, de Maria Lucia Rocha-Coutinho, entre outras; levando em conta, também, alguns posicionamentos da poeta contra uma intencionalidade de inserir alguma militância em sua produção, bem como sua relação com algumas frentes dos movimentos feministas e de emancipação da mulher Também para análise da linguagem poética e filosófica, tão forte na literatura de Adélia Prado, apresentam-se para o diálogo os teóricos Octávio Paz, Julio Cortázar e Paul Ricoeur No decorrer da leitura pode-se notar que, embora a poeta se mostre reticente em assumir-se como voz importante para conquista de lugares para mulheres na produção literária brasileira, a força de sua autoria e sua autonomia na produção poética tornam sua obra uma referência para a diversidade de modelos de representação, inclusive abrindo espaço para vozes de mulheres simples que experienciam a reflexão existencial no próprio cotidiano |