A teia de Capitu : representação e releitura em “Dom Casmurro”,de Machado de Assis
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Goiás
UEG ::Coordenação de Mestrado em Língua, Literatura e Interculturalidade Brasil UEG Programa de Pós-Graduação Strito sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.ueg.br/handle/tede/1273 |
Resumo: | As narrativas Machadianas parecem colocar, geralmente, a personagem feminina em uma posição de destaque, representando-a sob o olhar do narrador ou da personagem masculina que busca caracterizá-la por meio da observação, como quem a lê. Consequentemente, podemos observar esse processo de construção no romance Dom Casmurro em que Bentinho descreve os acontecimentos em primeira pessoa a partir de suas memórias. Dessa forma, o objeto de estudo coloca o feminino numa posição de ser representado por meio da voz masculina, que convencido de sua superioridade atribui à esposa, de maneira velada recorrendo à voz narrativa, a culpa de sua infelicidade e destruição. Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo analisar a representação da imagem relacionada ao feminino e seu processo de construção no romance Dom Casmurro, de Machado de Assis. Buscou-se refletir sobre a herança misógina medieval nas configurações da figura da mulher a partir das características e padrões comportamentais das personagens femininas principais dentro da obra machadiana selecionada. Ademais, procurou-se, no desenvolvimento deste estudo, apontar o papel do leitor/receptor que apresenta-se como sujeito ativo ao escolher os caminhos a serem seguidos no bosque ficcional, para ser capaz de compreender, ler e reler o romance, mesmo que a seu modo, dentro do fenômeno dialógico estabelecido com o texto. Por se tratar de uma pesquisa de cunho bibliográfico, segue-se o pensamento de R. Howard Bloch (1995) e Georges Duby (2001) sobre os estudos da representação feminina na Idade Média; Sidney Chalhoub (2013), John Gledson (2019), Roberto Schwarz (1990), a respeito da crítica e possíveis interpretações e pontos de vista que cercam Machado de Assis; Roque de Barros Laraia (2001), no que tange aos estudos comportamentais culturais; Umberto Eco (1994), Mikhail Bakhtin (1997), no que concerne à missão do leitor neste diálogo eterno com a obra. Nessa perspectiva, a pesquisa aborda um entendimento da construção e leitura do feminino a partir do romance machadiano investigado, além de identificar a responsabilidade do leitor de compreender e interpretar o discurso emitido pela obra. |