Preditores da infestação de quadras por formas imaturas de Aedes aegypti de uma cidade de grande porte do nordeste brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: MOURA, FRANCISCA JESSIKA NUNES DE
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=115702
Resumo: O Aedes aegypti tem importância epidemiológica por ser o vetor de doenças como dengue, Zika e Febre Chikungunya. Para mensurar riscos de epidemias são utilizados indicadores entomológicos, sendo a detecção de formas imaturas em reservatórios um importante sinalizador da presença do vetor numa área. Este estudo teve o objetivo de avaliar os depósitos como preditores da infestação de quadras por formas imaturas de Aedes aegypti de uma cidade de grande porte do Nordeste brasileiro. Foi realizado um estudo transversal identificando recipientes infestados no intra e peridomicílio agregados por quadras, de janeiro a maio de 2018. Foram visitados 13.492 domicílios em 289 quadras em estratos de 04 bairros. As prevalências de potenciais criadouros foram estimadas através de modelos lineares generalizados com distribuição de Poisson, função de ligação logarítmica e variância robusta e para a associação entre número/presença de cada tipo de potencial criadouro e o nível de infestação da quadra, foram usadas equações de regressão de Poisson simples e múltipla. Os resultados da Regressão de Poisson múltipla mostraram que são significativamente associadas e de forma independente com um maior nível de infestação das quadras a quantidade de caixa d’água (Razão de prevalência -RP: 1,0183, IC 95%: 1,0109-1,0258, valor-p <0,001) e calhas (RP: 1,0129, IC 95%: 1,003-1,02, valor-p = 0,01) no ambiente intradomiciliar, e de cacimbas (RP: 1,07, IC 95%: 1,0495-1,0955, valor-p < 0,001) no ambiente extradomiciliar. Assim como a presença de lata (RP: 1,36, IC 95%: 1,08-1,69, valor-p = 0,007) no intradomicílio e de pneus (RP: 1,38, IC 95%: 1,10-1,73, valor-p = 0,005), sucata de plástico (RP: 1,36, IC 95%: 1,04-1,78, valor-p = 0,025) e ocos de árvore (RP: 1,26, IC 95%: 1,03-1,54, valor-p = 0,025) no peridomicílio. O gelágua apresentou efeito protetor (RP: 0,98, IC 95%: 0,97-0,99, valor-p 0,016) com maior frequência nas quadras de baixa infestação. O estudo identificou que no intradomicílio e peridomicílio, existe um conjunto restrito de recipientes que eram suficientes para indicar as quadras de maior infestação e que criadouros capazes de gerar pupa tiveram efeito estatisticamente significativo, sugerindo a contagem de pupas como medida de infestação pelo Ae. aegypti.