Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Daniele Keuly Martins Da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=108443
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Resumo: |
O controle de Aedes aegypti é um grande desafio para a saúde pública, principalmente em países em desenvolvimento como o Brasil. Utilizar uma técnica confiável de mensuração da infestação é primordial para desenvolver atividades de controle vetorial oportunas. Objetivou-se mensurar a relação entre a infestação por ovos e a infestação por larvas e pupas de Ae. aegypti. Trata-se de um estudo observacional de caráter prospectivo que analisou a utilização de uma armadilha de monitoramento de infestação de Ae. aegypti, no município de Fortaleza, Ceará entre os meses de dezembro/2018 e janeiro/2019. Foram instaladas ovitrampas em 127 imóveis, uma no intradomicílio e outra no peridomicílio por um período de seis dias. No momento do recolhimento foi realizada uma pesquisa larvária em todos os recipientes do domicílio que acumulavam água. Os dados foram digitados no Epiinfo versão 7.2.2.2 e analisados no STATA versão 15. Foi calculado o coeficiente rho de Spearman, e realizado os testes de Wilcoxon ou exato de Fisher com um nível de significância de 95%. Observou-se que 4,72% dos recipientes infestados por Ae. aegypti, eram pequenos recipientes, 1,57% eram recipientes descartáveis e 3,15% eram grandes recipientes. Ainda, 51,97% das ovitrampas no intradomicílio e 74,02% das no peridomicilio estavam infestadas. Nos imóveis sem a presença de ovos de Ae. Aegypti, a proporção de imóveis com larvas e/ou pupas em recipientes pequenos foi de 9,52%, nos descartáveis foi de 4,76%, e nos grandes de 4,76%. Nos recipientes em geral a frequência foi de 19,05%, maior do que as respectivas proporções dos imóveis com a presença de ovos de Ae. aegypti, porém sem significância estatística. A mediana de ovos foi de 124 em imóveis com recipientes pequenos, de 13 naqueles com recipientes descartáveis e de 172 nos recipientes grandes. No entanto, ao se comparar com as medianas de ovos nos imóveis coma ausência dos recipientes, não houve diferença estaticamente significante, com significância de 0,391; 0,272 e 0,207, respectivamente. Ainda, no interior dos imóveis sem a presença de ovos de Ae. aegypti, a proporção de imóveis com larvas e/ou pupas em recipientes, grandes (4,9%) e recipientes em geral (13,1%) foi maior do que as respectivas proporções dos imóveis com a presença de ovos, (1,5%) e (6,1%), respectivamente. Conclui-se que a armadilha ovitrampa indica a infestação por Ae. aegypti mesmo em um período de baixa infestação. E seu uso é uma estratégia complementar à técnica de pesquisa larvária para monitoramento da infestação. A sensibilidade desta armadilha na detecção de infestação reitera o risco de infecção à população humana em áreas de baixa infestação. |