Uma Analise do Telensino a Partir do Cotidiano de Uma Orientadora de Aprendizagem

• Ano de defesa: 1999
• Autor(a) principal: Reboucas, Maria Alice Alves
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Ensino; Televisão na educação
• Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=12400

O presente estudo se propoe a compreender o processo de universalizacao do telensino como politica de democratizacao do saber, bem como os efeitos dessa politica no trabalho do orientador de aprendizagem e adequacao das condicoes estruturais, tecnicas e pedagogicas existentes nas escolas a um processo dessa natureza.De maneira geral, nos dispomos a analisar o telensino considerando o cotidiano de um orientadora de aprendizagem , O.A. diante da proposta politico-pedagogica desta modalidade de ensino. De forma mais especifica, procuraremos tracar um perfil dessa O.A. a partir da sua avaliacao sobre: a proposta pedagogica do telensino; as vantagens e desvantagens do sistema; a sua identificacao do grau de aceitacao ou rejeicao pelos agentes envolvidos no processo e, por fim, a qualidade da aprendizagem do telensino. O estudo, de natureza teorico-pratica contou com a analise da producao de autores como FRIGOTTO, GENTILLI, SAVIANI, na area de Educacao e, na do telensino, CAMPOS, FARIAS, e documentos oficiais da Secretaria da Educacao Basica, SEDUC. Optamos por um estudo de caso onde realizamos uma entrevista com roteiro previamente elaborado e varias conversas informais com uma O.A. da Escola de Ensino Fundamental Isidio Jose Campina, no municipio de Eusebio. As principais conclusoes a que chegamos sao de que, apesar de 25 anos de telensino no Estado do Ceara, muitas sao as dificuldades a serem superadas e ainda esta longe de se alcancar uma escola publica de qualidade. A proposta tem suas vantagens e desvantagem. Mas, o que e valido ressaltar, e a qualidade nao e algo a ser concebido apenas com projetos, propostos perfeitas tecnicamente, sem os recursos necessarios para a sua operacionalizacao, sem a devida valorizacao do trabalho do professor O.A. (salario, condicoes de trabalho, capacitacao etc.) sem a mudanca de mentalidade / postura do professor e, sobretudo, sem a vontade politica para a construcao de uma educacao de fato democratica, que atenda aos anseios e necessidades da classe trabalhadora.