Santo Agostinho e o percurso da interioridade humana em busca da felicidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Coutinho, Gracielle Nascimento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=106785
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Questão não raro discutida entre os filósofos antigos e medievais, a busca da felicidade recebe conotações inéditas no pensamento agostiniano. Cerne e fim de seu pensamento ético, metafísico, epistemológico e teológico, a felicidade tal como tematiza Santo Agostinho, representa mais que uma recepção ou adaptação da filosofia grega ao Cristianismo; antes, sinaliza a possibilidade mesma de um encontro entre essas filosofias. As discussões eudaimônicas do período helenístico, bem como do pensamento de Cícero, foram influências capitais na formação filosófica de Agostinho pela exortação à busca da sabedoria como condição de uma vida feliz, identificando discurso filosófico e prática humana, modo de vida. Heranças estas que poderão ser percebidas ao longo das obras de Agostinho, em especial em seus primeiros escritos, conforme trataremos adiante. Não obstante, toda a tradição grega, culmina na exortação de um viver segundo o que há de mais nobre na natureza humana, e que se personifica na figura do sábio, aquele que se bastando, sabe usufruir e abster-se das coisas, ao mesmo tempo, sendo capaz de dirigir o olhar para dentro de si mesmo, onde deve buscar a felicidade. Em suma, a ética cunhada pelo discurso filosófico grego é profundamente marcada pela direção do olhar humano à sua interioridade, noção que permeará todo o pensamento de Agostinho, bem como as bases filosóficas do próprio Cristianismo. Posto que um dos maiores preceitos da Filosofia antiga é o do autoconhecimento, o “Conhece-te a ti mesmo” inscrito no Oráculo, um sistema ético que se propusesse a tratar do telos humano não poderia ignorar o retorno à interioridade como condição da sabedoria e da posse da felicidade, cuja natureza objetivamos tratar neste trabalho.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Interioridade, Deus, Beatitudo, Eudaimonia.</span></font></div>