Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Orlando Luiz de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8143/tde-18012023-144822/
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Resumo: |
O tema da felicidade é um tópico comum na história do pensamento humano. Na Antigüidade grega, a procura pela felicidade, eudaimonía, de viver é intensa e se torna assunto de tratados de poetas, historiadores e filósofos. O objeto da pesquisa é a felicidade no teatro de Sófocles. Ainvestigação recai sobre quatro (Ájax, Antígone, As Traquínias e Édipo Rei) das sete tragédias que formam o corpus sofocliano. O trabalho está dividido em cinco capítulos dos quais o primeiro propõe uma abordagem acerca da felicidade nas obras literárias dos predecessores de Sófocles: Homero, Hesíodo, Safo, Baquílides, Heródoto e outros. A lista não é extensa, pois não se pretende dar conta de todos os autores que trataram do tema da felicidade no período arcaico, compreendendo os poemas homéricos, a poesia didática e a lírica, e início do clássico, historiadores e poetas trágicos, mas apenas estabelecer um ponto de partida para analisar a questão. Assim, muitos autores importantes, como Hipócrates, Teócrito, por exemplo, estão fora da lista. Os quatro capítulos seguintes tratam, propriamente, da felicidade na tragédia de Sófocles. A matéria é tratada, primeiramente, em Ájax. Seu herói homônimo, tendo recusado a ajuda divina, por acreditar demasiado em sua própria força, é pela divindade arruinado. Esta peça ensina que a felicidade se adquire por meio da moderação na ação dos homens, como se pode observar na representação que faz de Odisseu se contrapondo a Ájax. N\'As Traquínias, analisada ,no segundo capítulo, felicidade tem a ver com casamento. Dejanira e Héracles, as duas personagens centrais do drama, apesar de ) casados, nunca se encontram e ambos são arrastadospara a morte. A felicidade consiste, pois, na espera pelo marido, que Dejanira mantém, e na celebração do triunfo de Héracles sobre os trabalhos realizados. Além disso, o final surpreendente no qual Héracles, tornando-se uma divindade, sobe ao Olimpo, é um símbolo de felicidade futura.O terceiro capítulo disserta sobre o conflito entre o Estado e a tradição religiosa aos quais Creonte e Antígone são fiéis. Leal, ao Estado, Creonte recusa enterrar Polinices, enquanto Antígone desafia as régias ordens e sepulta o irmão. Observa-se, em Antígone, a colisão entre duas forças fiéis que se distanciam, cada vez mais, da felicidade por não agirem com sabedoria prática, fundamento do homem feliz. O último capítulo trata de Édipo Rei. A tragédia apresenta o homem que goza de felicidade por ter realizado grandes feitos, mas que cai ao saber quem ele próprio é. A análise acerca da felicidade no teatro de Sófocles parte dos enunciados e das reflexões gerais das personagens. Devido ao aspecto contingente da representação teatral no festival, a noção de felicidade não se apresenta como uma definição em si, mas como um construto a partir dos diálogos e das reflexões gerais acerca da vida |