Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
PARENTE, NARA DE ANDRADE |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=94887
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Resumo: |
A obesidade exibe alta prevalência mundial, com altas taxas de morbi-mortalidade, <br/>levando à busca de novos tratamentos bem-sucedidos. A dieta desperta mais <br/>discussão, dada as dificuldades de adesão, o que acarreta resultados frustrantes <br/>para a equipe de saúde e o paciente. Desta forma, surgem condutas nutricionais <br/>baseadas em evidência científica, mas também dietas populares não <br/>fundamentadas, como por exemplo a dieta do paleolítico (DP). Esta era vigente <br/>entre os antepassados humanos que viveram na época dos caçadores coletores. <br/>Apesar de sua popularidade, estudos científicos sobre a mesma vêm crescendo em <br/>ritmo lento. A DP exclui vilões dietéticos, como sal, açúcar e alimentos processados, <br/>mas também exclui cereais e laticínios, o que é considerado seu ponto fraco em <br/>termos de segurança nutricional. A dificuldade em reproduzi-la totalmente no mundo <br/>moderno, leva a grande heterogeneidade na sua composição. Avaliar o efeito da <br/>dieta paleolítica (DP) no tratamento da obesidade. Ensaio clínico randomizado. Os <br/>pacientes foram distribuídos em dois grupos: DP (91 pacientes), cuja composição foi <br/>apoiada em estudos científicos realizados e dieta apoiada em diretrizes (DAD), <br/>especificamente de acordo com Ministério da Saúde do Brasil (90 pacientes). Os <br/>pacientes foram acompanhados durante 60 dias, tendo sido aferidas medidas <br/>antropométricas no início e aos 30 e 60 dias de tratamento. A adesão foi verificada <br/>através de recordatório alimentar de 24 horas (R24h), nos mesmos tempos citados, <br/>considerando-se 3 variáveis: calorias não prescritas ingeridas, número médio de <br/>alimentos não prescritos segundo grupo alimentar e proporção de indivíduos que <br/>não seguiram a prescrição, também segundo grupo alimentar. Foi realizada análise <br/>de custo-efetividade das dietas DP e DAD. O custo diário de cada R24h foi calculado <br/>com o auxílio da ferramenta PROCONOMIZAR. Como medida de eficiência ou <br/>desfecho foi utilizada a variável perda de peso dos pacientes, tendo sido calculada a <br/>razão do custo médio pela variação do peso dos pacientes. O cálculo do custoefetividade foi realizado levando-se em conta a razão dos custos, considerando o <br/>desvio-padrão, pela eficiência. Devido ao não comparecimento à primeira avaliação, <br/>foram considerados 82 pacientes em DP e 73 em DAD. Não houve diferença inicial <br/>entre os grupos quanto a variáveis demográficas, sócioeconômicas, de atividade <br/>física e antropométricas (p > 0,05). No grupo DP houve maior redução de peso (p = <br/>0,003), IMC (p = 0,002) e CC (p = 0,033) aos 30 dias. Aos 60 dias, foi mantida uma <br/>maior perda de peso no grupo DP (p < 0,001), além de redução maior do IMC (p < <br/>0,001), CC (p = 0,002) e RCQ (p = 0,002). Não houve diferença da adesão dietética <br/>entre os grupos de tratamento em nenhuma das três variáveis analisadas (p > 0,05). <br/>Não houve diferença entre os custos da DP e DAD em ambos os tempos de <br/>tratamento, considerando custo médio, eficiência e custo efetividade (p > 0,05). A <br/>DP é uma opção viável para tratamento da obesidade, com melhores resultados na <br/>redução de marcadores antropométricos e adesão e custo semelhante à DAD logo <br/>aos 30 dias. <br/>Palavras-chave: Dieta paleolítica. Obesidade. Doença crônica. Ensaio clínico. <br/>Adesão. <br/> |