A DIETA DO PALEOLÍTICO E SUA APLICABILIDADE NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA COM METANÁLISE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: MENEZES, EHRIKA VANESSA ALMEIDA DE
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=82884
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">RESUMO</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Atualmente, muitas pessoas buscam perda de peso e melhora da composição corporal. Devido a esta busca, periodicamente, alimentos e padrões dietéticos são endeusados com a promessa de maior perda ponderal em curto espaço de tempo. Neste contexto, há alguns anos, vem surgindo a proposta de utilização do padrão dietético paleolítico como uma opção bem sucedida para perda de peso. A dieta paleolítica vem na contramão dos estudos e pesquisas, pois sua popularidade aumentou muito mais, do que a confirmação científica de seus benefícios. O objetivo do presente estudo é analisar evidências científicas do uso da dieta do Paleolítico na prevenção e controle de doenças crônicas não transmissíveis em seres humanos. Foi realizada uma revisão sistemática com metanálise, norteada pela seguinte pergunta: “A dieta do paleolítico pode auxiliar na prevenção e/ou controle das doenças crônicas em seres humanos?” Foram pesquisadas as seguintes bases de dados: LILACS, PubMed, Scielo, Science Direct, Medline, Web of Science e Scopus,para a busca de artigos em inglês, português e espanhol. Dois pesquisadores de forma independente participaram do processo de seleção dos artigos. Para a análise de qualidade, foi utilizada a ferramenta Grading of Recommendations Assesment,Development and Evaluation (GRADE). Foram encontrados 1224 artigos e selecionados 24, os quais preencheram os critérios de inclusão. A revisão sistemática focalizou, principalmente, as dietas do paleolítico utilizadas nos diferentes estudos. Houve grupo controle em 17 publicações (70,8%). Os artigos enfocaram mulheres com sobrepeso e obesidade, diabéticos tipo 2, portadores de doenças cardíacas, síndrome metabólica e esclerose múltipla.Em relação à dieta, as pesquisas incluíram frutas (83%), vegetais (79%), carnes (79%), nozes (75%), ovos (66%) e peixes (75%). Nem sempre foram explicitadas as exclusões alimentares, mas quando citadas referiram-se a cereais (79,2%), produtos lácteos (79,2%), leguminosas (58,2%), açúcar (50) e sal (45,8%). Os estudos utilizaram diferentes dietas, nem sempre concordantes com os pressupostos principais da dieta do paleolítico.A alimentação era consumida ad libitum na maioria das pesquisas (75%). A metanálise foi realizada para avaliação da evolução de marcadores antropométricos (peso corporal, índice de massa corporal e circunferência da cintura) com a utilização da dieta do paleolítico, tendo sido incluídas 9 publicações. A análise mostrou associação positiva da utilização da dieta</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">6</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">paleolítica em relação à perda de peso, quando comparada à dieta baseada em recomendações, com perda média de -3,178 Kg (IC95% -5,78– -0,68; p=0,0289; I²=17,2%). Não houve efeito significante no índice de massa corporal e na circunferência da cintura. A dieta paleolítica pode auxiliar no controle ponderal no manejo das doenças crônicas, porém mais estudos clínicos randomizados, com maiores populações e duração são necessários para comprovar benefícios para a saúde. Além disso, faz-se necessária uma maior padronização da dieta paleolítica utilizada, a fim de possibilitar comparação entre os estudos e maior acuidade na análise dos dados encontrados. A partir desta revisão pode-se propor uma dieta do paleolítico de consenso, consumida ad libitum, com inclusão de frutas, hortaliças, carnes magras, peixes, ovo de galinha e nozes e com exclusão de cereais, laticínios, leguminosas, açúcares, sal e todos os produtos industrializados.</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Palavras-chave: Dieta. Paleolítico. Doenças crônicas. Revisão sistemática. Metanálise.</span></font></div>