Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Magalhaes, Meylling Mayara Linhares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=111367
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Resumo: |
A raiva é uma antropozoonose negligenciada de impacto global no âmbito da saúde. O seu agente etiológico pertence à família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus e espécie rabies virus (RABV). Embora conhecida desde a antiguidade, ainda é responsável por cerca de 60 mil óbitos por ano no mundo e o cão doméstico é considerado o principal transmissor. No Brasil, com o advento das campanhas de vacinação em massa de cães e gatos (1973), a transmissão por esses animais foi considerada controlada. Tal fato, tornou evidente a importância epidemiológica de mamíferos silvestres no ciclo endêmico de manutenção no país. No Nordeste, o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), o morcego hematófago (Desmodus rotundus) e o primata não-humano (Callithrix jacchus) são considerados reservatórios de destaque. O objetivo deste trabalho foi verificar a presença do vírus da raiva em mamíferos silvestres de áreas urbanas da região Noroeste do estado do Ceará, Nordeste do Brasil e descrever as espécies de mamíferos silvestres infectados. Capturas passivas e ativas de morcegos não-hematófagos foram realizadas na área urbana da região metropolitana de Sobral, paralelo ao recebimento de amostras de outros mamíferos provindas do mesmo município e regiões circunvizinhas. Ao total foram 103 animais e 97% (102/103) destes foram recebidos entre os anos de 2021 e 2022. Os morcegos não-hematófagos representaram 84,5% (87/103), já os 15,5% (16/103) restantes pertenciam a outros grupos de mamíferos silvestres. Do total, 12,6% (13/103) testaram positivo na Reação de Imunofluorescência Direta (IFD), incluindo 11 morcegos (9 Molossus molossus, 1 Artibeus planirostris e 1 Eumops glaucinus) além de 2 primatas não humanos (Callithrix jacchus). Na Reação em Cadeia de Polimerase (PCR) foram produzidas apenas quadro bandas. Os resultados reforçam a circulação do vírus no ciclo silvestre da região, bem como o alto risco de transmissão e potencial de casos de raiva humana. Atividades continuadas são necessárias afim de educar a população sobre a importância da vigilância da raiva e prevenção de futuros casos humanos. |