Estudo da distribuição do vírus da raiva (RABV) em amostras de sistema nervoso central e glândulas salivares de equinos naturalmente infectados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Souza, Tatiane de Cassia Pardo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-03072019-081336/
Resumo: Os testes para diagnóstico da raiva devem apresentar rapidez, alta sensibilidade e especificidade na obtenção dos resultados. No entanto, em amostras de equinos, muitas vezes, pode-se observar uma sensibilidade na imunofluorescência direta (IFD) mais baixa quando comparada com aquela de outras espécies. Em decorrência disto, a implantação de novas ferramentas no diagnóstico poderá diminuir o número de resultados falso negativos. No presente estudo foi utilizado o SNC de 80 equinos originários de municípios do estado de São Paulo, encaminhados para a Seção de Diagnóstico da Raiva do Instituto Pasteur no período de abril de 2017 a abril de 2018. As amostras utilizadas foram processadas para IFD, isolamento viral em cultivo de células (IVCC), transcrição reversa seguida da reação em cadeia da polimerase (RT-PCR) e transcrição reversa seguida da reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-qPCR). Das 80 amostras analisadas de SNC de equinos, 25 (31,25%) apresentaram resultado positivo para raiva em pelo menos uma das técnicas mencionadas. Ao avaliar a positividade, comparando os resultados entre as técnicas, a IFD apresentou 96% (24/25), IVCC 44%(11/25), RT-PCR 100% (25/25) e RT-qPCR 100% (25/25). Analisando 161 estruturas do SNC separadamente [córtex, hipocampo, cerebelo, tronco cerebral (mesencéfalo, ponte e bulbo) e medula cervical, espinhal e lombar] de 25 cavalos positivos, as taxas de positividade foram para 72,0%, 89,4% e 75,2% para IFD, RT-PCR e RT-qPCR, respectivamente. Cerca de 33% das estruturas do SNC (53/161) apresentaram rara presença de antígeno, com apenas uma a três pequenas inclusões em todo o campo microscópico pesquisado, sendo classificadas como fracas positivas. O mesencéfalo apresentou a melhor distribuição viral nas estruturas do SNC tanto pela técnica de IFD quanto pelas técnicas moleculares (RT-PCR e RT-qPCR). Esse fato sugere que a variabilidade na intensidade da distribuição do vírus em diferentes partes do SNC (padrões neuroinvasivos) em equinos pode influenciar a detecção de RABV. A detecção de presença viral em glândulas salivares mostrou-se positiva, indicando o potencial destes animais atuarem como fonte de infecção para raiva.