Epidemiologia molecular de vírus da raiva em mamíferos domésticos e silvestres do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Kimura, Leda Maria Silva
Orientador(a): Marin, Victor Augustus, Brandão, Paulo Eduardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8230
Resumo: A raiva é uma das doenças mais temidas entre as diferentes zoonoses que ameaçam o Homem, pois evolui sempre para o êxito letal, sendo, na prática, sua morbidade igual à mortalidade. Acrescem-se ainda os prejuízos econômicos, causados ao rebanho bovino nos focos de raiva epizoótica, seu impacto geral na economia pecuária, reduzindo a produção de leite e carne, e suas implicações na área de Saúde Pública. Através da utilização de técnicas clássicas e moleculares, o presente estudo, visou estudar a diversidade molecular das amostras de vírus da raiva provenientes de animais domésticos e silvestres que atualmente são identificadas nas diferentes regiões do Brasil (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste), comparando-as entre si e entre amostras originárias de um município do Estado do Rio de Janeiro (Porciúncula), com base em seqüenciamento do gene codificador da nucleoproteína. A técnica de RT-PCR foi aplicada em 32 amostras de tecido nervoso oriundo de animais suspeitos de estarem acometidos pela raiva, demonstrando 100% de concordância com os resultados apresentados pelas provas clássicas, permitindo diagnóstico positivo inclusive em amostras que se apresentam em estado de putrefação. Treze das amostras de vírus isoladas foram parcialmente seqüenciadas, tendo sido encontrado formação dos principais grupos esperados de amostras de vírus da raiva, ou seja, variante antigênica 2,3, amostras fixas e variante de vírus de raiva de sagüi. Foi evidenciado, ainda, um padrão regional de distribuição de vírus da raiva associado à variante antigênica 3. A obtenção de dados derivados do seqüenciamento vem a permitir um melhor entendimento da diversidade molecular das amostras de vírus da raiva circulantes nas regiões em estudo, representando um passo fundamental para a geração de informações a serem utilizadas na epidemiologia molecular da raiva, determinando fontes de infecção, origens de surtos e relações genéticas geográficas entre os vírus da raiva detectados a partir de diferentes espécies animais.