Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Souza, Homero Henrique De |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=112098
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Resumo: |
A literatura sobre o campo dos estudos de gênero e sexualidade com recorte temático em masculinidades tem se apresentado um âmbito de pesquisa frutífero, desafiador e relevante. De acordo com Connell (2013) e Kimmel (1998), a masculinidade não é única. Ela varia de cultura para cultura, em diferentes períodos históricos, entre homens de uma mesma cultura ou não, no curso de suas vidas e por isso mesmo a autora e o autor as tratam no plural. Essas masculinidades não possuem uma propriedade essencialista e biológica, porém são construídas socialmente em dois campos inter-relacionados de relações de poder: desigualdade de gênero e desigualdades étnico-raciais, sexuais e geracionais. Daí a razão pela qual comportamentos de natureza sexista e lgbtfóbica seriam, segundo Connell (2013) e Kimmel (1998), elementos constitutivos da construção social das masculinidades. Deste modo, o intuito dessa investigação foi analisar as performatividades masculinas concebidas por estudantes de uma Escola Estadual de Educação Profissional localizada no município de Fortaleza e de que maneiras essas performances impactam em suas sociabilidades escolares. O trabalho em questão teve como natureza de pesquisa o estudo qualitativo, apontado como metodologia apropriada para buscar responder a demandas presentes em contextos sociais, cultural e historicamente, localizados. Deste modo, realizou-se um estudo de caso com 18 jovens discentes de quatro diferentes cursos técnicos ofertados pela unidade escolar, lócus da pesquisa empírica. Para tanto, utilizou-se como técnicas de pesquisa, questionários, entrevistas, observações participantes e grupos focais. Os resultados apontaram que as múltiplas performances de masculinidades observadas no campo escolar implicam em sociabilidades territorializadas aonde perspectivas hegemonizadas e essencializadas de ser homem, de ser mulher acabam subjetivamente propagando normativas excludentes e violências simbólicas de ordem sexista, machista, racista e lgbtfóbica. As resistências a um modelo hegemônico de masculinidades e os deslocamentos por performances mais fluídas que também foi verificado em campo, demonstram o quanto essas discussões precisam está na ordem do dia não apenas dentro do meio acadêmico, mas também nas políticas públicas e sobretudo nos projetos políticos pedagógicos escolares. |