Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Rosângela Albuquerque |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=36025
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Resumo: |
<span style="font-style: normal;">Diversos estudos neurofarmalógicos têm demonstrado a presença de atividade analgésica em venenos de serpentes ou em sbstâncias isoladas destes, indicando tratar-se de importantes ferramentas científicas para o entendimento da fisiopatologia da dor e para o descobrimento de novas substâncias terapêuticas. Este trabalho apresenta uma pesquisa voltada para a identificação da(s) substância(s) responsável(eis) pelo efeito analgésico periférico observado no veneno da </span><em style="font-style: normal;">Crotalus durissus collilineatus</em>. Para tanto, realizou-se a cromatografia do veneno em HPLC, conectado a uma preparativa C18 de fase reversa, isolando-se as substâncias encontradas. Em seguida, foram executados, em camundongos, testes analgésicos clássicos. Uma das substâncias purificadas - APC - apresentou excelente ação analgésica periférica através do teste de contorcões abdominais induzidas pelo ácido acético. O pré-tratamento com a referida substância via intraperitoneal inibiu significativamente o número de contorções abdominais. Em relação ao controle negativo (39,2 <span style="font-style: normal; font-family: Arial; font-size: 10pt;">±</span><span style="font-style: normal; font-size: 10pt;"> 2,1 contorções/20min), a mesma foi capaz de reduzir o número de contorções em todas as doses testadas: 0,125; 0,25; 0,50 e 1,00 mg/kg (29,3 </span><span style="font-style: normal; font-family: Arial; font-size: 10pt;">± </span><span style="font-style: normal; font-size: 10pt;">2,8; 14,7 </span><span style="font-style: normal; font-family: Arial; font-size: 10pt;">±</span><span style="font-style: normal; font-size: 10pt;"> 1,0; 8,8 </span><span style="font-style: normal; font-family: Arial; font-size: 10pt;">±</span><span style="font-style: normal; font-size: 10pt;"> 0,9 e 1,2 </span><span style="font-style: normal; font-family: Arial; font-size: 10pt;">±</span><span style="font-size: 10pt;"> 0,5 contorções/20min., respectivamente); demonstrando, também ter um efeito dose-dependente, e uma ação (dose/dose) 500% maior que a morfina. Esse efeito antinociceptivo foi antagonizado pela naloxona, sugerindo ser, a APC, uma agonista opióde. No teste da placa quente, a mesma não apresentou alteração na antinocicepção, sugerindo não possuir ação analgésica central. Portanto, a descoberta dessa substância analgésica periférica, isolada do veneno da serpente <em>C. d. collilineatus</em>, abre uma grande perspectiva pra o desenvolvimento futuro de uma nova droga mais potente que os atuais opióides e com menos efeitos colaterais que os mesmos.</span> |