Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Ney Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=47528
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Resumo: |
Desde o inicio do século XX, veneno de serpentes tem sido usado na tentativa do controle da dor em seres humanos. A propriedade antinociceptiva venenos de algumas serpentes, principalmente as da espécie Crotalus durissus, tem sido demonstrada em modelos experimentais com animais. O presente trabalho buscou estudar o mecanismo de ação do fator (APC) responsável pela atividade analgésica periférica encontrada no veneno de Crotalus durissus conllilneatus. Alem disso, analisar a atividade deste fator por diferentes vias de administração (intraperitoneal, intravenosa e oral), seja in natura ou após tratamento térmico (fervura a 100º C por 8 minutos). Para tanto, inicialmente purificou-se o veneno por cromatografia liquida de alta eficiência (HPLC) conectada a uma coluna preparativa C18 de fase reversa as frações foram coletadas, liofilizadas e armazenadas a -20ºC em quantidade suficiente para realização dos testes clássicos de analgésica. No teste de contorções abdominais induzidas por acido acético, o APC foi capaz de inibir o numero de contorções em todas as vias e doses testadas em camundongos, apresentando efeito dose-dependente, chegando a inibir em até 96,2% na dose de 0,4mg/kg i.p. quando comprado ao controle. Em relação ao fator tratado apesar de ter alto verificado uma discreta redução do seu efeito, este manteve-se presente reduzindo em até 83,5% na dose de 4,0mg/kg i.p.. No teste da formalina foi repetido o mesmo processo adotado no teste de contorções em que o APC, tanto in natura quanto tratado, foi capaz de reduzir consideravelmente o tempo de reação, conseguindo na dose de 1,0mg kg i.p., uma redução no tempo de resposta em 74,3% (1ª fase) e em 98% (2ª fase 20-25 min), enquanto a morfina na dose de 10,0mg/kg reduziu a resposta em 68,4% (1ª fase) e 89,1% (2ª fase 20-25 min), sendo, portanto 1000% (dose-a-dose) mais potente que a morfina. Além disso, o fator APC (in natura e tratado) apresentou um efeito duradouro, mantido após 60 minutos de sua aplicação. O uso da naloxona antagonizou o efeito antinociceptivo do APC mostrando o envolvimento deste fator com o sistema opióide, confirmando estudos anteriores. Para identificar o mecanismo de ação envolvendo o sistema opióide, usaram-se os bloqueadores CTOP, nor-BNI e ICI, respectivamente direcionados aos receptores µ, k ?. Apenas o nor-BNI foi capaz de inibir a ação antinociceptiva do APC em todos os testes já descritos, onde se observou um efeito dose-dependente deste bloqueador, sugerido o APC ser um antagonista k seletivo. Assim, acredita-se que o fator estudado num futuro próximo possa ser usado com a finalidade terapêutica para tratar uma grande variedade de dores agudas periféricas, uma vez que os agonistas dos receptores k periféricos apresentam potentes ações antinociceptivas e anti-hiperalgésicas de longa duração. Palavras-chave: Serpente Antinociceptivo periférica Veneno. |