Violência no universo escolar: narrativas e saberes locais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Sousa, Harley Gomes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=111695
Resumo: A violência na escola é recorrentemente referida, seja na mídia, ou pela própria instituição escolar. Como espaço de sociabilidades e formação psicossocial dos sujeitos, a escola não está isenta deste problema que se revela de forma multifacetada, ambígua e polifônica. Nesse sentido, este estudo buscou analisar as narrativas dos estudantes, professores e gestores, ao definirem o que é ou não violência em relação às práticas cotidianas na escola. As reflexões expostas resultam de uma pesquisa empírica, de natureza qualitativa, realizada numa Escola de Ensino Fundamental no interior do Estado do Ceará. Nesta investigação, realizou-se um estudo de caso, com o auxílio da observação direta e da aplicação de entrevistas semiestruturadas com os agentes escolares, com um universo de 24 participantes (11 estudantes, 11 professores e dois gestores). Para subsidiar a análise dos dados, utilizou-se o software IRAMUTEQ. As reflexões teóricas realizadas dialogaram com as reflexões trazidas por Michaud (1989), Maffesoli (1987), Simmel (1983), Arendt (2010), Zaluar (1999), Freitas (2003), dentre outros. Referindo-se às ambiguidades conceituais do fenômeno estudado, percebeu-se que, para os interlocutores, a violência é toda e qualquer ação social que agride física e verbalmente o outro e, sobretudo, aquelas atitudes em que faltam o respeito para com o próximo. A questão da violência é percebida de modo geral como desafio e problema para os que são atingidos negativamente por ela. Segundo os agentes escolares, contudo, o diálogo e o respeito possibilitarão o reconhecimento mútuo e a solidariedade na escola que, consequentemente, produzirão relações harmônicas e afetivas para constituir de uma realidade escolar com o emprego de menos violência e conflito. Palavras-chaves: Escola. Violência na Escola. Narrativas.