Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Gesilane Domingos de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=87680
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Resumo: |
O trabalho versa acerca da violência no âmbito escolar. Esse tema é relevante, porque a violência na escola se faz constante nos dias atuais, está crescendo e passando a ser um assunto intrínseco à escolarização, principalmente nos grandes centros urbanos do Brasil. O estudo enfoca a violência física de alunos contra professores, a cada dia mais latente no contexto educacional, por isso motivo de atenção, e desvela a problemática: como a violência no contexto escolar interfere na prática educativa dos professores agredidos? O objetivo foi compreender as reverberações da violência física praticada pelo aluno contra o educador. Estudo qualitativo, realizado à luz da fenomenologia de Merleau-Ponty (1999), possui aspectos subjetivos e utiliza o estudo de caso único em sua metodologia. A coleta de dados foi feita por intermédio de entrevista semiestruturada gravada, transcrita na íntegra, textualizada e validada. A participante da pesquisa foi uma professora que sofreu agressão física de um aluno e se mostrou aberta para participar. Essa pesquisa tornou possível reconhecer a presença da violência social no meio escolar, principalmente entre aluno e professor, e refletir acerca das consequências da agressão física na vida pessoal e profissional de um educador. Os resultados da pesquisa demonstraram que a agressão física costuma ser silenciada pelas vítimas e pelas gestões das escolas, já que houve dificuldade de encontrar pessoas agredidas que se dispusessem a falar sobre o ocorrido e constataram-se diretoras que omitiam os casos de agressão ocorridos nas instituições educativas. Demonstrou-se, também, que a agressão física traz consigo a violência psicológica e simbólica, ao gerar prejuízos emocionais ao agredido. Observou-se que a violência não ocupa espaço significativo nos debates abertos realizados pela escola, ela aparece apenas como indisciplina e, de maneira pontual, é tratada após o caso extremo de agressão. Há uma tendência à culpabilidade da vítima e à impunidade do agressor. A pesquisa, ao problematizar sobre a violência física na escola, fomenta a reflexão acerca da necessidade de incluir essa temática para discussão no coletivo da escola, bem como a importância de desenvolver práticas de boa convivência e de uma cultura de paz. Palavras-chave: Violência na escola. Educação. Juventude. Cidadania e Políticas Públicas. |