O conceito piagetiano de "egocentrismo" sob a perspectiva percepto-espacial, como função da idade, do nível sócio-econômico e da escolaridade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1981
Autor(a) principal: Valença, José Telmo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=7474
Resumo: <font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 10pt;">Ultimamente vem crescendo o interesse dos autores pelo estudo do egocentrismo piagetiano. Este tópico tem servido de paradigma para inúmeras pesquisas, realizadas principalmente a partir de 1970 e constitui também o tema central do presente trabalho. No Capítulo I será feita uma pequena problematização temática, onde o leitor encontrará a expressão "binômio egocentrismo-descentração". Esta expressão, embora não utilizada pelos estudiosos do assunto, que preferem caracterizá-lo seja por egocentrismo seja por descentração, parece funcional, no sentido de mostrar todo dinamismo evolucionário que o tratamento do tema requer. Subentendidos dentro deste enfoque bidimensional, serão apresentados vários trabalhos que abordam mais especificamente o egocentrismo. As publicações sobre este tópico, não apontam uma direção única. Não se trata siquer de dualidade. Na realidade, as opiniões estão divididas em muitas ramificações. Esta divergência de opiniões está associada a uma pluralidade metodológica, onde os mais variados procedimentos são utilizados e aperfeiçoados gradativamente. Para isto, os pesquisadores alternam as idades dos sujeitos, os "aparati", o tipo de análise estatística, a eficiência cultural da amostra, numa combinação quase infinita de fatores. No </span><span style="font-size: 13.3333px;">Capítulo</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;II, será relatada a pesquisa realizada com uma amostra de 324 sujeitos de 6 a 14 anos,&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px;">pertencentes</span><span style="font-size: 10pt;">&nbsp;a condições sócio-econômicas: <em>média renda</em> e <em>baixa renda</em>, frequentadores de escolas da rede particular e da rede municipal, respectivamente. Todas as escolas citadas pertencem à grande João Pessoa. Três procedimentos experimentais foram considerados como susceptíveis de influenciar diferentemente o rendimento dos sujeitos nas tarefas de tomada de perspectiva. Foi feita uma avaliação discriminal lateral (prova piagetiana de egocentrismo infantil) e uma correlação entre rendimento em matemática e tomada de perspectiva. Os resultados foram analisados ora em função das idades, ora em função das idades e nível de escolaridade. Estas análises indicaram que procedimentos diferentes acarretaram respostas diferentes, na maioria das situações. Também foi verificado que sujeitos de <em>média renda</em> evoluiam no sentido egocentrismo-descentração, à proporção que idade aumentava e que apresentavam melhor desempenho que os de baixa renda, em quase todas as situações. Nível de escolaridade parece estar associado a descentração. Foi observada correlação entre a noção de direita-esquerda e descentração, nas tarefas de tomada de perspectiva, em sujeitos de média renda. Não se observou correlação entre aproveitamento escolar em matemática e descentração.</span></font>