A reconstrução apeliana da ética de Peirce para uma fundamentação pragmático-transcendental da ética do discurso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Aguiar, Francisco Brandão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=109852
Resumo: <font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Esta dissertação tem por objetivo apresentar a fundamentação pragmático-transcendental da ética do discurso partindo, inicialmente, da interlocução crítico-reconstrutiva que Apel faz da ética de Peirce. No primeiro capítulo, buscaremos analisar a maneira como Apel aborda a ética de Charles S. Peirce, neste sentido, averiguaremos quais são as contribuições mais relevantes e os limites da ética Peirceana para o desenvolvimento de uma fundamentação pragmático-transcendental da ética do discurso. Em seguida, abordaremos a atual situação da ética, marcada pelo desafio de fundamentação de uma ética de responsabilidade solidária e por uma situação paradoxal onde, por um lado, existe a necessidade de uma ética racional-universal e, por outro lado, há um postulado de impossibilidade de fundamentação ética por parte de algumas correntes que permeiam o pensamento contemporâneo. Por último, discutiremos como se dá a fundamentação pragmático-transcendental da ética do discurso. Conclui-se que existem, pelo menos, três aspectos na ética Peirceana que influenciaram diretamente a fundamentação pragmático-transcendental da ética do discurso de Apel, são eles: o rompimento com o idealismo transcendental kantiano em favor de um realismo crítico do sentido; o postulado de um consenso de verdade na comunidade ilimitada dos cientistas enquanto sujeito do conhecimento e as bases para que Apel demonstre a superação do solipsismo metodológico. No entanto, apesar destas contribuições, a ética de Peirce está limitada à comunidade de cientistas. Neste sentido, Apel supera essa limitação Peirceana e desenvolve uma ética do acordo mútuo baseada na intersubjetividade mediada pela linguagem, sendo que esta ética procura dar conta não apenas do plano normativo, mas busca, também, ser uma ética de responsabilidade referida à História.</span></font>