Cultura do cuidado de si nos territórios virtuais: análise sobre a produção das sexualidades e das relações de gênero com os/as jovens na escola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Vieira, Daniele Vasconcelos Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=106654
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">As sexualidades e as relações de gênero são analisadas nessa pesquisa, no&nbsp;</span></font><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">contexto do conhecimento e utilização dos ciberespaços, na sociedade, que vem se&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">apresentando como possibilidade de produção de novos modos de vida, de&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">expressões do corpo, dos prazeres e desejos. As juventudes estão imersas nesses&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">espaços e neles se ocupam de si, atualizando-se e engendrando seus saberes e&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">práticas cotidianas referentes às questões que, hodiernamente, são abrangidas&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">pelos debates em torno dessas temáticas. Na cultura escolar, esse diálogo tem sido&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">propostas de políticas públicas da educação, em atravessamentos com as políticas&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">de saúde, que visam ao cuidado dos/das jovens em outras dinâmicas que rachem&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">com a estrutura do discurso que abordam estes temas apenas com foco da&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">reprodução humana, deixando de fora outros olhares e modos de afetações, bem&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">como perspectivas de viver as diversidades, as diferenças e as possibilidades da&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">igualdade de direitos humanos. Assim, objetivou-se compreender como os/as jovens&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">escolares ressignificam a comunicação produzida sobre sexualidades e relações de&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">gênero nos Programas Em Sintonia com a Saúde, veiculado pela Web Rádio, como&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">prática de cuidado de si no cotidiano de suas vidas. Para isso, utilizou - se, no&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">método, a abordagem cartográfica na perspectiva foucaultiana. Neste estudo, a&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">análise da comunicação trabalhada nos programa mostrou “ecos” cartográficos que&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">ocorrem nos devires que se constituem entre os vários mapas (cidades,&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">universidades, distritos, escolas, institutos) que fazem “ponte” e linhas atravessadas&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">dos territórios virtuais aos físicos e destes se estendem as possibilidades em que a&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">comunicação se faz potência. Isto tudo com a produção das máquinas humanas,&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">que juntos produzem seus modos de ver e dizer no contexto entre saúde e&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">educação como dispositivos possíveis e necessários, entremeados pelos&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">acontecimentos no ambiente virtual da web rádio. Também expressou que as&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">sexualidades e as relações de gênero, na visão dos sujeitos do estudo, têm origem&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">na naturalização do sexo, na vinculação às doenças que são adquiridas através de&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">práticas sexuais e nas “prescrições preventivas”, que se ancoram numa ótica&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">biologiscista e de aplicação universal. Sobre isto, reafirmamos que o lugar da&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">diferença na ótica dos saberes e práticas sobre sexualidades e relações de gênero,&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">é possível de ser problematizado se nos ocuparmos em analisar como as&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">subjetividades destes sujeitos são produzidas e o como elas se atualizam,&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">reproduzem e subvertem outros e novos modos de dialogar e trabalhar essa&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">temática, em articulação com a saúde e a educação, principalmente, no universo&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">escolar. Portanto, o/a enfermeiro/a, na experiência de produção da comunicação em&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">saúde sobre sexualidades e relações de gênero promovida na web rádio, poderá&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">ampliar e construir estes modos de diálogos como saberes e práticas com as&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">juventudes escolares, ao explorar novas oportunidades de configuração do cuidado&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">possibilitado pela (re)significação destes dispositivos de saber e poder&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">compartilhados no ambiente virtual, abrindo assim, frestas para (re)pensar as&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">diferenças de relacionamentos, de trocas e práticas constituídas no contextos&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">familiar, espiritual, religioso das juventudes localizadas no contexto da escola.&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">Palavras-chave: Juventude, Tecnologia Digital da Informação e Comunicação,&nbsp;</span><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">Sexualidades, gênero, enfermagem.</span></div>