Análise do processo tradutório de audiodescritores profissionais e novatos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Seoane, Alexandra Frazão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=114304
Resumo: <font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Esta tese está afiliada aos Estudos da Tradução, insere-se nos Estudos Descritivos da Tradução (HOLMES, 2000) e é orientada ao processo. A audiodescrição (AD) é uma modalidade de Tradução Audiovisual Acessível na qual elementos visuais são descritos em palavras. Aplicada às produções audiovisuais, ela possibilita que pessoas cegas ou com baixa visão tomem conhecimento desses elementos visuais. Podem ser descritos, em filmes e no teatro, por exemplo, o cenário, os figurinos e outros elementos de cena (JIMÉNEZ HURTADO, 2007). Nesta tese, objetiva-se analisar o processo tradutório de 8 audiodescritores, 4 profissionais e 4 novatos, ao elaborarem a AD de um curta de 5 minutos para melhor entender o processo que leva à elaboração de ADs. Montou-se uma metodologia para investigar esse processo, descrevendo, analisando e comparando o comportamento tradutório dos participantes e os roteiros elaborados. A metodologia utilizada foi baseada em Pagano, Alves e Araújo (2011), porém utilizando o rastreamento ocular para, além de visualizar as estratégias do audiodescritor na elaboração de seu roteiro, obter também dados sobre seu comportamento ocular, levando a entender melhor como se processa a elaboração desse roteiro. Com isso, identificaram-se comportamentos que, espera-se, possam auxiliar na formação de futuros audiodescritores e consequentemente na qualidade das ADs que chegam ao público-alvo. Como exemplo, visualização do filme em um reprodutor de vídeo, pesquisas antes e durante a elaboração do roteiro, constante monitoramento da leitura das descrições nos tempos alocados, recuperação de informações nas descrições já elaboradas para manter coesão no roteiro e revisão ortográfica do roteiro ao final da elaboração. Foi possível perceber as três fases da tradução: orientação, redação e revisão (JAKOBSEN, 2002), entretanto não foram identificadas diferenças estatisticamente significantes entre os processos dos dois grupos estudados. Por outro lado, análises estatísticas mostraram que é no produto final, o roteiro de AD, onde mais observam-se diferenças entre os perfis. Os resultados indicam que é no número de inserções, palavras utilizadas e elementos do filme contemplados nos roteiros onde o audiodescritor profissional se sobressai em relação ao audiodescritor novato.</span></font>