Avaliação do potencial ansiolítico e anticonvulsivante de chalconas halogenadas e acetamido chalconas utilizando zebrafish como modelo animal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ferreira, Maria Kueirislene Amancio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=107679
Resumo: A ansiedade geralmente não causa a convulsão, mas por interferir no funcionamento e excitabilidade neuronal, a ansiedade/estresse intensos podem reduzir o limiar para a manifestação de crises convulsivas em indivíduos já predispostos a convulsões. Devido a estas características inerentes às duas patologias faz-se necessário a busca por novas substâncias que apresentem efeitos ansiolíticos e anticonvulsivantes, à medida que podem ser fontes de novos fármacos desprovidos de efeitos adversos. As chalconas são denominadas como grupo de compostos orgânicos que compreendem dois anéis aromáticos, associados a uma porção cetona insaturada e conhecidas por atuarem diretamente no SNC. Os grupos doadores e aceptores de elétrons ligados a anéis aromáticos em várias posições, podem alterar ou intensificar as propriedades da molécula. Neste trabalho, 5 chalconas foram sintetizadas com rendimentos (PAAPMNBA: 51,3%; Chalcona 1: 73,93%; Chalcona 2: 74,68%; Chalcona 3:84,07% e Chalcona 4 :69,53%) e cada estrutura química foi determinada por RMN de 1H e 13C. Vale ressaltar que as chalconas 1-4 são derivadas do composto natural 2-hidroxi-3,4,6-trimetoxiacetofenona isolada de Croton anisodontus. Essas moléculas foram submetidas à avaliação do teste de toxicidade aguda, ansiolítica ou anticonvulsivante usando zebrafish como modelo animal. O teste do claro escuro foi o aparato padrão na avaliação do efeito ansiolítico de todas as chalconas. No mínimo 3 doses de cada chalcona foram avaliadas (4, 12 e 40 mg/kg/chalcona PAAPMNBA) e (4, 20 e 40 mg/kg/Chalconas 1, 2, 3 e 4). No artigo 1, o efeito ansiolítico da PAAPMNBA foi reduzido pelo pré-tratamento com pizotifeno e não foi revertido pelo tratamento com granizetron e ciproeptadina. No artigo 2, todas as chalconas (1-4) apresentaram efeitos ansiolíticos e anticonvulsivantes, em destaque a chalcona 1, onde todas as doses apresentaram efeitos em ambos os testes. Esses efeitos foram bloqueados pelo Fmz (antagonista GABAA), onde mostra evidências da atuação dessas moléculas do sistema GABA. Em resumo, a chalcona PAAPMNBA teve efeito ansiolítico mediado pelo sistema serotoninérgico via receptor 5-HT1 com interações observadas em estudos de docking molecular. Além disso, uma relação de estrutura-atividade pôde ser observada com as quatro chalconas que tiveram ambos os efeitos ansiolíticos e anticonvulsivantes. Palavras-chave: Chalconas sintéticas; Ansiedade; Convulsão; Sistema GABAérgico; 5HT