Criopreservação de tecido ovariano de cutia (Dasyprocta aguti Linnaeus, 1766)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Wanderley, Livia Schell
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=66981
Resumo: O objetivo deste trabalho foi desenvolver um protocolo eficiente para a criopreservação de tecido ovariano de cutia {Dasyprocta aguti). Para tanto, ovários (n=10) de cutias adultas foram coletados e transportados ao laboratório em Meio Essencial Mínimoo(MEM) a 4 C. Em seguida, cada ovário foi dividido em quatro fragmentos de tamanhos iguais (4 mm x 4 mm x 1 mm). Dois fragmentos de cada par ovariano foram imediatamente fixados para histologia clássica e análise ultraestrutural, constituindo o controle. Os fragmentos restantes foram somente expostos (n=3) por 10 min em solução composto por MEM, soro fetal bovino (SFB) na presença de 1,5 M de dimetilsulfóxido (DMSO), etilenoglicol (EG) ou propanodiol (PROH), os demais fragmentos (n=3) foram expostos e, em seguida, congelados em freezer programável. Após a exposição e/ou descongelação, todos os fragmentos foram fixados em Carnoy para histologia clássica e destinados à análise morfológica. Cada tratamento foi repetido 5 vezes. Decorrido o tempo de fixação, os fragmentos ovarianos foram submetidos aos procedimentos de rotina para histologia clássica, seccionados à espessura de 7 um e corados com hematoxilina-eosina. Os folículos pré-antrais foram classificados como morfologicamente normais (FMN) ou degenerados, com base na integridade do oócito, células da granulosa e membrana basal. Para avaliação da ultraestrutura, os folículos do controle e de todos os tratamentos criopreservados foram fixados em Karnovsky e processados para análise de microscopia eletrônica (MET). Para a análise estatística, os resultados foram expressos como média ± D.P., submetidos à ANOVA e analisados pelo teste de Student-Newman-Keuls. Os valores foram considerados significativos quando P < 0,05. A análise histológica mostrou que após os procedimentos de exposição e congelação houve uma diminuição significativa no percentual de FMN em todos os tratamentos, quando comparados ao controle (92,67 ± 2,79). No entanto, não houve diferença significativa quando os procedimentos de exposição e congelação foram comparados entre si, utilizando o mesmo crioprotetor. Além disso, não foi observada diferença significativa entre os agentes crioprotetores tanto no período de exposição (DMSO: 64,67 ± 3,80 EG: 70,67 ±11,16 PROH: 63,33 ± 8,50) quanto após a congelação (DMSO: 60,64 ± 3,64 EG: 64,00 ± 11,88 PROH: 62,00 ± 6,91). Entretanto, a análise de MET revelou que somente os folículos congelados na presença do propanodiol apresentaram ultraestrutura normal. Diante disso, pode-se concluir que folículos pré-antrais inclusos no tecido ovariano de cutia podem ser criopreservados com sucesso utilizando 1,5 M de PROH, com manutenção satisfatória da sua morfologia e ultraestrutura.Palavras-chave: folículos pré-antrais, congelação, cutia, ultraestrutura, morfologia folicular