Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Luz, Hiédely Kenia Machado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=66986
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Resumo: |
Há quase cinco décadas, a criopreservação de tecido ovariano (TO) tem sido alvo de estudos com a finalidade de auxiliar na tecnologia de reprodução assistida em animais domésticos e até mesmo em humanos. No entanto, danos causados pelo processo de criopreservação, como o estresse oxidativo, podem levar à morte celular. Neste sentido, a associação de agentes antioxidantes aos agentes crioprotetores (ACP) na solução de congelação pode preservar a morfologia e a viabilidade dos folículos presentes no TO. O presente trabalho teve como objetivos: 1) determinar a melhor concentração e tempo de exposição ao ACP (propanodiol PROH); 2) verificar o efeito de antioxidantes na solução de congelação de tecido ovariano caprino sobre a morfologia, viabilidade e quantificação do estresse oxidativo dos folículos pré-antrais. Para isso, foram realizados dois experimentos. No experimento I, 12 fragmentos de TO foram tratados (expostos e/ou expostos e congelados) na presença de 1,0 M ou 1,5 M de PROH por 5, 10 ou 20 minutos. No experimento II, o tecido ovariano foi congelado com 1,0 M de PROH por 5 min na ausência ou presença de catalase (5, 10 ou 20 UI/mL) ou trolox® (0,1, 0,5 ou 1,0 mM). A avaliação folicular após a congelação foi realizada por histologia clássica (HC) e teste de viabilidade por azul de tripan (AT), para os experimentos I e II, além da quantificação de malonaldeído (MDA) no experimento II, visando a mensuração do estresse oxidativo. Os resultados foram expressos como média ± SD e o teste utilizado para análise morfológica e viabilidade folicular foi o teste t de Student (P < 0,05). A HC mostrou que no experimento I, o percentual de folículos pré-antrais morfologicamente normais no controle foi similar ao observado nos fragmentos somente expostos ao PROH. Por outro lado, foi significativamente superiores àqueles fragmentos congelados. Ao comparar as percentagens de folículos morfologicamente normais entre a exposição e a criopreservação, verificou-se que em 1,0 M por 5 min e 1,5 M por 5 e 10 min apresentaram um percentual significativamente maior de folículos normais após a congelação. No tocante à viabilidade folicular, os fragmentos congelados em PROH 1,0 M por 5 e 10 min, apresentaram um percentual de folículos pré-antrais viáveis semelhante ao observado no controle. No experimento II, a HC mostrou que os tratamentos em que foram adicionados catalase nas concentrações de 10 ou 20 UI/mL ou ainda, trolox® na concentração de 0,1 mM foram similares ao controle e significativamente superiores ao tratamento congelado sem antioxidantes. Apesar de não ter sido realizada análise estatística para o teste da peroxidação lipídica, os dados numéricos mostraram que o tratamento com catalase 20UI/mL apresentou menor quantidade de MDA quando comparado aos demais tratamentos testados (controle fresco, criopreservado sem antioxidante, catalase 10 UI/mL e trolox® 0,1mM). Em conclusão, o TO caprino pode ser criopreservado com sucesso na presença de 1,0M de PROH, exposto por 5 min. Além disso, a enzima catalase na concentração de 20UI/mL, mantém a viabilidade folicular e reduz o estresse oxidativo (peroxidação lipídica) após congelação de tecido ovariano caprino. Palavras-chave: Congelação lenta. Folículo pré-antral. Estresse oxidativo. Catalase. Trolox®. |