Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Furtado, Marilia Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=108025
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Resumo: |
O estudo teve como objetivo compreeender o processo de trabalho da equipe de saúde na paliação de pacientes com SARS-CoV-2 internados em Unidades de Terapia Intensiva. Realizou-se para tal uma pesquisa qualitativa, de abordagem compreensiva. A entrevista semi-estruturada foi a técnica escolhida para a obtenção dos discursos. O local eleito para desenvolvimento do estudo foi o Hospital Universitário Walter Cantídio, considerando-se as duas Unidades de Terapia Intensivas inauguradas para atendimento de pacientes acometidos pelo SARS-CoV-2 como cenário do estudo. Foram incluídos na pesquisa os profissionais atuantes nos cenários da pesquisa durante o período pandêmico, que prestaram atendimento direto a pacientes paliativos com SARS-CoV-2, prezando-se pela diversidade de categorias profissionais. Foram excluídos da pesquisa os profissionais de licença ou férias por período superior a 30 dias e os admitidos por seleção por tempo determinado para atendimento à situação da pandemia e que tiveram seus contratos vencidos. As entrevistas foram transcritas na íntegra e analisadas com auxílio do software Iramuteq. A amostra foi composta por 31 profissionais, entre enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos, fisioterapeutas e psicológa. A análise compreensiva demonstrou que a maioria dos participantes considerou o Cuidado Paliativo como insuficiente, revelando ainda uma falta de padronização na assistência paliativa, a qual variava de acordo com a equipe de plantão. Além disso, revelou-se a evidente a sensação de abandono da equipe especializada, referida pela equipe assistencial, devido ao isolamento no momento pandêmico. Ademais, a dificuldade em lidar com a paliação frente ao desconhecido esteve presente, como a doença pelo SARS-CoV-2, bem como em frente ao elevado número de pacientes jovens. A fadiga do cuidado tornou-se evidente, frente ao elevado desgaste gerado pela situação de pandemia. A análise demonstrou que os profissionais relatam não haver uma diferença na rotina assistencial após a mudança de perfil do paciente, evidenciando a falta de reflexão no agir do profissional em sua prática diária, detendo-se no fazer técnico. As ações referidas pelos sujeitos da pesquisa relevaram, no entanto, que os Cuidados Paliativos continuaram sendo oferecidos pelos profissionais não especialistas, revelando o fornecimento de práticas que promovem um fim de vida pacífico. A preocupação com questões como privacidade e manutenção do respeito ao outro, promoção da dignidade dos sujeitos, o encontro e fortalecimento de vínculos, a possibilidade de expressão religiosa e respeito às crenças, bem como o uso de terapias integrativas, além da atenção aos aspectos de alívio da dor e do conforto como algo ampliado demonstram a utilização intuitiva dos pressupostos da Teoria do Fim de Vida Pacífico. Sugere-se a realização de estudos que fortaleçam os Cuidados Paliativos com os profissionais inseridos nas unidades assistenciais de cuidado, através de intervenções educativas, bem como demais estudos que avaliem o efeito das ações paliativas no bem-estar dos sujeitos em paliação. |