Oficina de Educação em Saúde: Mobilização, Experiências e Práticas de Cuidado entre Usuários da Estratégia Saúde da Família no Contexto da Covid-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Miranda, Carla Suzana Balbino Da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=105414
Resumo: Esta pesquisa pauta a construção de ações educativas voltadas para os usuários da atenção básica, tendo como objeto central os portadores das doenças crônicas diabetes mellitus/hipertensão arterial sistêmica e sua saúde mental em época de isolamento social. Compõe uma etapa exploratória da Pesquisa “Práticas de cuidado em saúde mental na COVID-19 produzidas pelas experiências com grupos de Gestão Autônoma da Medicação (GAM) no Ceará”. O tipo de pesquisa foi a pesquisa-ação com abordagem qualitativa. Realizada na Unidade de Atenção Primária à Saúde Sandra Nogueira, localizada no bairro Vicente Pinzon, pertencente a regional II em Fortaleza, Ceará. A amostra foi de 16 usuários que responderam o questionário dos quais 12 participaram da oficina. A coleta de dados foi através de um questionário objetivo, subjetivo com gravação de áudios. Após exaustiva análise dos dados, foram apresentados os seguintes resultados: nenhum participante apresentou peso normal baseado no Índice de Massa Corporal. A maioria tinha trabalho informal, dez deles com renda salarial menor que um salário mínimo. Nenhum participante relatou fazer dieta nessa época de isolamento, houve uma redução significativa dos hábitos saudáveis. Todos eles apresentaram alguma queixa ou dificuldade para lidar com a falta de controle das emoções. Em relação aos medicamentos usados para as comorbidades, a maioria demonstrou preocupação em fazer uso correto, houve apenas dois relatos que não usavam a medicação em dia e horários prescritos. Os comportamentos de risco mais observados foram a inatividade física durante a restrição social e a falta de dieta alimentar, seguidos do impacto psicológico. Contudo, baseado em tais respostas e dúvidas mais relevantes foi possível organizar em temas ponderais e obter o seguinte produto tecnológico: Como Construir uma Oficina para Manutenção de Hábitos Saudáveis: Realidade Desejada. A construção da oficina educativa na Estratégia de Saúde da Família para hipertensos e diabéticos teve três etapas em formato de circuito. Na primeira etapa da oficina foi verificada a pressão arterial e glicemia, na segunda, orientação sobre alimentação saudável e valor glicêmico dos alimentos, explanado em um contexto lúdico para melhor entendimento e na terceira etapa, uma escuta qualificada e orientações acerca da saúde mental com presença de um profissional psicólogo e degustação de um bolo de banana dietético para simbolizar uma conversa informal. A limitação do estudo, principalmente em uma amostra carceada dada à população local, se deu pela época caótica de pandemia, mostrando resultados preocupantes que devem ser objeto de atenção dos profissionais de saúde que atendem nas unidades básicas. Mesmo com o retorno das consultas agendadas, o público que frequentava a unidade era restrito, ocasionando muitas faltas às consultas. Nesse contexto, dada à atenção ao momento pandêmico, torna-se fundamental a busca ativa ao paciente e entender as consequências na saúde mental da população. Recomendando práticas de ações educativas realizadas com maior frequência dentro da unidade básica, até mesmo que posam proporcionar lazer e ênfase na escuta qualificada. Vale salientar que as mudanças em suas práticas de lazer teve notória contribuição do isolamento social.