Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Menezes, Maria Rosângela Bezerra |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=111779
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Resumo: |
Analisamos neste trabalho a relação entre espetáculo, morte e valor do próximo a partir de um crime cometido em público, envolvendo uma criança e um adulto: o Crime da cocada, que aconteceu na porta de uma oficina mecânica em Fortaleza (CE). Conduzimos este estudo à luz da Psicanálise, utilizando Freud, Lacan e autores contemporâneos, estabelecendo um diálogo com a Filosofia, com a Sociologia, a Psicologia, o Jornalismo e o Direito. O objetivo geral é contribuir para a construção de um conhecimento acerca da função do espetáculo da morte na relação do sujeito-testemunha e do objeto-cena do crime em sua referência com o valor atribuído ao próximo. Os objetivos específicos são: identificar as representações da cena do crime, examinar os sentidos de morte, de valor do próximo, analisar a relação entre crime e função paterna e propiciar benefícios para a ciência, a sociedade e a universidade. Trabalhamos também a analogia entre violência, mídia de massa, consumo e esses espetáculos. A metodologia caracteriza-se pela abordagem qualitativa, por entrevistas semi-estruturadas com as testemunhas e pela categorização da teoria e dos dados, interpretados mediante mapas de associação de idéias. A partir da análise dos dados, encontramos a cena do crime associada à morte de um filho, da própria mãe, de si mesmo e de um animal. O sentido da morte apontou para humanização e para banalização, dependendo de quem ocupou o lugar do próximo morto: um ente amado, o si mesmo, um desconhecido ou a vítima. Ao valor do próximo foi atribuído um sentido de banalização. A inobservância às leis jurídicas ilustrou o enfraquecimento da função paterna. Consideramos, enfim, que os sentidos atribuídos à morte, ao próximo e o enfraquecimento da lei jurídica possibilitam que esses espetáculos da morte aconteçam nos dias atuais. Palavras-chave: Espetáculo, Morte, Valor do Próximo, Relação de Objeto, Psicanálise.<br/> |