Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Souza, Leonardo Barros de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/116659
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Resumo: |
A presente pesquisa se dedica a refletir sobre o tratamento da morte na atualidade. Para tanto, realizamos uma pesquisa teórico-exploratória, em que nos valemos também do cinema zumbi, apostando no potencial deste monstro como figura que tem algo a mo(n)strar sobre o estatuto da morte. Inicialmente, discutimos a questão da medicalização da vida e da morte, tomando conceitos como os de ordem médica, biopolítica e a proposição agambeniana de uma tanatopolítica. Fazemos uma passagem histórica por diferentes momentos da cultura, como modo de interrogar a posição do homem frente à morte e o tratamento dado à morte e aos mortos em diferentes momentos históricos. O cinema zumbi é visitado na tentativa de esboçar uma evolução da figura do zumbi, desde seu surgimento no folclore haitiano até sua chegada ao cinema hollywoodiano. Questionamos, a partir disso, a validade do zumbi como figura para se pensar nos medos e angústias do homem, incluindo o medo da morte. Por fim, usando a noção de homo sacer, tomamos a categoria de morto-vivo (sobretudo a partir do zumbi) em articulação com figuras reais, como o muselmann de Auschwitz e o doente comatoso. Concluímos que a negação da morte presente na atualidade, sustentada pelos esforços da tanatopolítica em uma sociedade medicalizada, ao invés de ter sucesso em sua tentativa de recobrir o impossível da morte, termina por colocá-la em evidência. A consideração do homem em sua faceta de vida nua implica uma exposição à morte, produzindo um cenário social onde o caráter matável do homem estaria exposto. Do mesmo modo, vemos o surgimento de figuras mortas-vivas reais, pondo em xeque cada vez mais o saber médico acerca do impossível, e trazendo à tona não mais um medo de morrer, e sim um medo de não morrer. Palavras-chave: Cinema Zumbi; Morte; Tanatopolítica; Psicanálise. |