Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1999 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Bernardo Mançano |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=103535
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Resumo: |
<span class="fontstyle0">Neste trabalho analisamos os processos de formação e territorialização do<br/>Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST, procurando contribuir<br/>para o estudo do campesinato brasileiro. O objetivo é a compreensão desses<br/>processos desde a gênese do MST, no ano de 1979, até o ano de 1999.<br/>Na realização da pesquisa de campo, foram visitados 21 estados brasileiros<br/>e o Distrito Federal, onde por meio de pesquisa memorial foram entrevistas 156<br/>pessoas: sem-terra, religiosos, prefeitos, parlamentares, sindicalistas, assessores e<br/>pesquisadores, que relataram suas participações na construção do MST. Também<br/>por meio de pesquisa documental nas secretariais estaduais e regionais do<br/>Movimento, em universidades, nas superintendências do Incra e nas secretarias da<br/>Comissão Pastoral da Terra, recolhemos ou reproduzimos os principais materiais e<br/>estudos da história do MST.<br/>Utilizando se dessas referências e da bibliografia a respeito das lutas pela<br/>terra, realizamos uma breve análise do processo de formação do campesinato<br/>brasileiro e de seus movimentos desde o século XVI até o golpe militar de 1964.<br/>Nesse contexto, apresentamos os principais fatores para a compreensão da<br/>natureza do MST.<br/>Analisamos o desenvolvimento da formação e da territorialização do MST<br/>no Brasil em três momentos: desde sua gênese até sua fundação; as experiências<br/>que consolidaram a sua estrutura organizativa e a sua institucionalização.<br/>Estudamos detalhadamente as ocupações de terra e as ações que levaram a<br/>construção dos setores de atividades no dimensionamento da luta pela terra em<br/>luta por educação, política agrícola, saúde etc. Nesse processo, discutimos os<br/>desafios enfrentados pelos sem-terra na constituição de propostas de organização<br/>dos assentamentos para a superação dos problemas enfrentados na luta contra a<br/>exploração e a expropriação.<br/>Nesse sentido, debatemos as diferentes dimensões da estrutura<br/>organizativa do Movimento e suas atividades políticas, sociais, econômicas e<br/>culturais, definindo-o como uma ampla organização social.<br/>A partir dessa análise, apresentamos a Geografia da Luta pela Terra nos<br/>anos 80 e 90, tendo como referência as ações do MST e as políticas governamentais<br/>para a reforma agrária.<br/>A conclusão desta tese é que as ocupações de terra são uma importante<br/>forma de acesso à terra no processo de (re) criação do campesinato brasileiro neste<br/>final de século e milênio.</span> <br style=" font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-align: -webkit-auto; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; "/> |