República e vivere libero em Maquiavel: A natureza específica do conflito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Lima, Ítalo Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=102340
Resumo: <font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A presente pesquisa tem por objetivo investigar o conflito, como fundamento do vivere libero na obra de Nicolau Maquiavel (1469-1527). Desse modo, nossa hipótese interpretativa se inscreve na investigação da relação entre os conflitos internos como fundamento da Liberdade. Para tanto, apresentaremos a cidade como corpo misto, dividida entre dois humores, um pertencente ao povo e outro aos grandes. Além disso, trataremos o conflito como algo pertencente à dinâmica da vida política, ou seja, o como algo conflito decorrente da distinção dos humores e dos desejos. Diante disso, consideramos que nos escritos de Maquiavel não há qualquer condenação ao embate político na vida pública, ao contrário, a exaltação aos tumultos nos releva a relação conflituosa entre o povo e os grandes, como elemento fundamental, seja como primeira causa da liberdade, seja para conservação do Estado virtuoso. Não obstante essa concepção da ideia de conflito, a disposição das leis deve, também, ser instrumento da boa ordenação do Estado. As leis, por sua vez, têm por função adequar o Estado de tal modo que um interesse não prevaleça sobre outro, ou seja, que o interesse do povo pela liberdade não seja suprimido frente à ambição dos grandes, assim como o povo, em sua busca insaciável por liberdade, não sujeite os grandes a seus desígnios. Com base nessa aparente desunião é que surge o ordenamento daquilo que Maquiavel afirma ser o vivere libero.</span></font>