Avaliação clínica e molecular de pacientes com atrofia espinhal progressiva no estado do Ceará

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Nunes, Giovanna Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=70670
Resumo: A atrofia muscular espinhal (AME) é uma doença de herança autossômica recessiva que se estabelece de forma rápida e intensa nos primeiros meses de vida, sendo a principal causa de morte infantil depois da fibrose cística; com uma incidência estimada de 1 em cada 10000 nascidos vivos. A AME se caracteriza pela degeneração dos neurônios motores da medula espinhal causando fraqueza dos membros e troncos, seguida de atrofia muscular. Os pacientes podem ser classificados em tipos I, II, III, sendo essa classificação baseada no início de manifestação da doença, no curso da doença e na expectativa de vida dos pacientes. O surgimento das três formas clínicas está diretamente relacionado com alterações no gene SMN1 (neurônio motor de sobrevivência) e 95% dos pacientes com AME são homozigotos para ausência do exon 7 desse gene. O gene SMN tem duas cópias no cromossomo 5; uma cópia, SMN1, está mais próxima do telômero do cromossomo e é responsável pela maior parte da produção da proteína funcional desse gene; a outra, SMN2, está mais próxima do centrômero e difere apenas um nucleotídeo do SMN1, sendo o suficiente para alterar o modo como RNA é processado. Nossos objetivos nesse trabalho foram coletar, analisar e interpretar dados clínicos, epidemiológicos e moleculares de pacientes com a doença no estado do Ceará. A metodologia consistiu na obtenção de informações clínicas e análise molecular da amostra sanguínea dos pacientes com AME atendidos no centro de referência para a doença nesse estado. A análise molecular foi feita através da PCR (Reação em Cadeia de Polimerase) para o exon 7 do gene SMN(neurônio motor de sobrevivência), seguida da análise do gel de poliacrilamida 8% para mutação SMN1. Do total da nossa amostra, 52,6% apresentaram exames clínicos e moleculares positivos para a doença. Ressalta-se, com esses dados, a importância do diagnóstico molecular precoce para a confirmação clínica da doença, melhorando o prognóstico e aconselhamento genético para as famílias de pacientes com atrofia muscular espinhal. Palavras-chave: AME. Genética Molecular. Neurônio motor de sobrevivência.