A Interpretacao Simultanea do Humor para Televisao: Traduzindo o Intraduzivel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Hodgson, Graeme Clive
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=25144
Resumo: Esta dissertaçao analisa a Traduçao Simultanea do Humor para Televisao a luz dos Estudos Descritivos da Traduçao, foclizando a trduçao das cerimonias de entrega do Premio Hollywood Academy (Oscar) de 2000 e 2001. A pesquisa parte de uma reflexao sobre a atividade do interprete na pratica, seguida por um estudo dos principais teoricos na literatura da area. O objetivo principal da pesquisa foi o de identificar as estrategias utilizadas pelo interprete simultaneo para lidar com o humor. A hipotese foi a de que e possivel traduzir o humor numa interpretaçao simultanea, dependendo da natureza do humor e, ainda que o humor de Steve Martin foi traduzido em funçao do estilo o seu humor, enquanto o de Billy Crystal apresentou maiores dificuldades, decorrentes da sua dependencia de piadas verbais e referenciais, com conteudo implicito. A metodologia utilizada foi a dos Estudos Descritivos da Traduçao, buscando-se estrategias ao inves de normas (em funçao do tamanho do corpus, limitado a 79 piadas ). Analise mostrou que as estrategias usadas pelos apresentadores em 2000 e 2001 foram bastante diferentes. Foram observadas as estrategias de (i) ausencia de traduçao, (ii) nao-traduçao do humor e (iii)traduçao do humor. O tipo de humor de cada apresentador da cerimonia parece influenciar sobremaneira a estrategia de traduçao adotada pelo interprete. Em 2000, a estrategia da traduçao do humor foi observada em 12% das piadas, enquanto o mesmo interprete, no ano seguinte, aplicou-a em 100% das piadas. Conclui-se que a natureza do humor influencia a (im)possibilidade da sua traduçao e, portanto, nao e valida a afirmaçao universal de que e impossivel traduzir o humor numa interpretaçao simultanea para televisao.