Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Silva, Cristiene Ferreira da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual do Ceará
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=113600
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Resumo: |
<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">A audiodescrição (AD), inserida nos Estudos da Tradução como modalidade de Tradução Audiovisual (TAV), é um trabalho de autor que consiste na concepção de um texto inédito a partir de imagens, o que permite a acessibilidade de expressões artísticas às pessoas com deficiência visual. Esta pesquisa desenvolveu-se em torno do parâmetro da neutralidade prescrito para a AD, investigando, com o auxílio da Linguística de Corpus (LC), a (in)existência de interpretação por parte do tradutor/audiodescritor, segundo os pressupostos da Teoria da Avaliatividade (TA), no escopo da Linguística Sistêmico-Funcional (LSF). Nesse propósito, um corpus eletrônico foi constituído pela seleção dos roteiros autênticos das ADs, elaborados pela mesma profissional, em francês, dos fílmes: Intouchables (C1) de Eric Toledano e Olivier Nakache (6.948 palavras e variedade lexical de 33,08%) e Minuit à Paris (C2) de Woody Allen (3.439 palavras e 36,10% de variedade lexical). Na interface com a LC, foram adotados procedimentos de tratamento de corpus e de análise dos dados via software Wordsmith Tools 5.0 (de Mike Scott), garantindo o bom êxito da realização do estudo. A abordagem teórico-analítica, amparada pela TA-LSF (MARTIN; WHITE, 2005; HALLIDAY, 1985, 1994; HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2004), examinou os roteiros das ADs contemplando os dois primeiros níveis de delicadeza da rede de sistemas de avaliatividade: o sistema TIPOS DE AVALIATIVIDADE (atitude‟, engajamento‟, gradação‟) e os sistemas TIPOS DE ATITUDE (afeto‟, julgamento‟, apreciação‟), TIPOS DE ENGAJAMENTO (monoglossia‟, heteroglossia‟) e TIPOS DE GRADAÇÃO (foco‟, força‟). Esse exame, tendo em vista a consecução dos objetivos e o respondimento das perguntas de pesquisa analisou: as marcas de posicionamento, por parte da tradutora/audiodescritora, dos pontos de vista de suas atitudes avaliativas, de seu engajamento com sua voz e com outras vozes avaliativas e de como ela gradua suas atitudes e seus posicionamentos de engajamento; e descreveu como são caracterizadas as ocorrências encontradas de uso avaliativo/interpretativo da língua nos roteiros das ADs. Os resultados mostraram manifestações de avaliatividade quanto a todos os termos de todos os sistemas da rede até o segundo nível de delicadeza. Além disso, os resultados também indicaram que a tradutora/audiodescritora avaliou de modo semelhante em ambos os roteiros. Quanto à descrição da avaliação em ambos os roteiros de AD, as ocorrências avaliativas, calculadas em Indices de Frequência Simples e percentuais, ranquearam assim: gradação‟ força‟ (C1 39,4%; C2 43,6%) > atitude‟ apreciação‟ (C1 22,7%; C2 21,8%) > atitude‟ afeto‟ (C1 15,3%; C2 13,0%) > </span></font><span style="font-size: 13.3333px; font-family: Arial, Verdana;">atitude‟ julgamento‟ (C1 8,7%; C2 9,3%) > engajamento‟ monoglossia‟ (C1 6,9%; C2 5,7%) > gradação‟ foco‟ (C1 4,7%; C2 4,6%) > engajamento‟ heteroglossia‟ (C1 2,2%; C2 1,9%). As ocorrências encontradas esboçaram provável padrão de uso avaliativo, podendo ser confirmado se incorporados, em estudo futuro, os sistemas mais refinados em delicadeza da rede de sistemas de avaliatividade. Essa sugestão abre caminho para a investigação acerca do estilo avaliativo do roteiro de AD ou a assinatura avaliativa da tradutora/audiodescritora, aprofundando a interface entre TAV-AD e LSF via TA e expandindo as linhas de pesquisas acadêmicas às quais este estudo se filia. Em vista da representatividade dos resultados alcançados, este estudo corrobora Praxedes Filho e Magalhães (2013a,b), Holland (2009) e Jiménez Hurtado (2007), na medida em que indica a inexistência de neutralidade no trabalho da tradutora/audiodescritora, e descreve como são caracterizadas as ocorrências avaliativas/interpretativas nos roteiros das ADs fílmicas aqui analisados. Tendo abordado perspectivas envolvidas na atividade da AD, espero que este trabalho possa contribuir com a formação dos profissionais da área. </span><span style="font-size: 10pt;">Palavras-chave: TAV. AD francesa fílmica. Neutralidade. LC. Teoria da Avaliatividade LSF.</span></div> |