Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Acioly, Yanne Angelim |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=37292
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Resumo: |
O presente trabalho trata de um estudo a respeito da reforma psiquiatrica em Fortaleza. Tem como objetivo compreender e interpretar o lugar social dos sujeitos que utilizam servicos de saude mental na reforma psiquiatrica em Fortaleza partindo de suas narrativas acerca deste processo. Trata-se de um estudo qualitativo cuja metodologia e descritiva-analitica. A pesquisa teve como campo empirico um dos Centros de Atencao Psicossocial (CAPS) desse municipio. Para obtencao de dados foram entrevistados alguns usuarios vinculados a Cooperativa do Centro de Atencao Psicossocial. As observacoes direta e participante, bem como, o diario de campo foram recursos complementares importantes. Os principais conceitos discutidos foram loucura, institucionalizacao, reforma psiquiatrica e desinstitucionalizacao. As discussoes desses conceitos partiram prioritariamente dos discursos dos interlocutores da pesquisa. Surpreendentemente a maioria destes afirmou desconhecer o processo de reforma psiquiatrica e aqueles que puderam falar a respeito destacaram apenas o aspecto do tratamento. O distanciamento dos interlocutores em relacao a essa discussao nao se da por mera desatencao dos mesmos. Traduz o distanciamento das acoes do proprio CAPS em relacao aos principios da proposta de reforma psiquiatrica, limitando-se a condicao de "lugar de tratamento", revelando assim a fragilidade dessa proposta em nivel local. Ademais, evidencia que tal como historicamente o "louco" esteve a margem das decisoes sobre seu destino, silenciado, ocupando um lugar periferico demarcado por determinados saberes e praticas, no processo de reforma psiquiatrica local os usuarios continuam tendo seus espacos delimitados por esses mesmos saberes e praticas ha seculos hegemonicos que, embora sob novos discursos, os mantem "presos" ao silencio. Contudo, alem destes conteudos, algumas narrativas sugeriram uma demanda de desinstitucionalizacao e sinais de resistencia. Nesse sentido, a oportunidade a palavra - como argumento e acao - aos usuarios dos servicos de saude mental e condicao fundamental para que se possa pensar em uma efetiva reforma psiquiatrica no Brasil ou particularmente, em Fortaleza. |