O fenômeno revolving door: um desafio à reforma psiquiátrica

• Ano de defesa: 2013
• Autor(a) principal: Muniz, Paula Lessa
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Niterói
• Palavras-chave em Português: Saúde mental; Reinternações psiquiátricas; Reforma Psiquiátrica; Paradigmas; Reforma psiquiátrica; Institucionalização; Paradigma; Revolving door; Psychiatric hospitalizations; Pychiatric reform; Paradigms
• Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8989

“O fenômeno revolving door: um desafio à reforma psiquiátrica” é um estudo que buscou reconhecer e identificar o perfil da clientela revolving door da área de saúde mental no município de Niterói - RJ, no período de julho de 2008 a junho de 2012. A clientela de indivíduos da saúde mental descrita como revolving door é caracterizada pela reincidência em internações psiquiátricas, num curto espaço de tempo entre uma internação e outra. Nessa pesquisa, adotou-se o critério de definição utilizado por Rabinowitz (1995) para a clientela revolving door: indivíduos que se internam 4 vezes ou mais, num período de até 2,5 anos. Os principais objetivos deste estudo foram os seguintes: conhecer o perfil e as peculiaridades da clientela revolving door no pólo a ser pesquisado; identificar nos registros documentais do Hospital Psiquiátrico de Jurujuba (HPJ) os principais motivos de admissão para internação dessa clientela e levantar as estratégias utilizadas pelas equipes de cuidado a partir do estudo de três casos. A investigação se desenvolveu em duas etapas: primeiro, a análise quantitativa de dados dos prontuários, para ilustrar o percentual dos principais diagnósticos, número de internações e motivos de internação para a amostra de revolving door. Segundo, o estudo qualitativo, através da abordagem metodológica de “estudo de caso”, com entrevistas com indivíduos, familiares e profissionais de saúde. Os resultados obtidos mostraram que a persistência do fenômeno revolving door está associada à baixa resolutividade dos serviços substitutivos à internação psiquiátrica, à fragilidade das redes sociais de apoio ao indivíduo e a equívocos que atravessam a construção de uma clínica cuidadora