O mal em Agostinho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Lima, Regineide Menezes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Mal
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=23824
Resumo: <div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">O mal em Agostinho tema da presente dissertação, tem por objetivo obter a compreensão da doutrina do mal e as suas terríveis conseqüências no universo, bem como esclarecer o porquê de seu poder avassalador. De início, a abordagem quer identificar o problema da origem do mal e os caminhos percorridos pelo inquieto buscador da verdade que em suas investigações vai deparar com os maniqueus, cuja auréola doutrinal, eminentemente racional, o atraiu mantendo-o cativo por nove anos. Desiludido com a inconsistência das doutrinas do dualismo materialista, abandona o grupo e consigo leva o mal, questão não resolvida. Vai ter com o platonismo e dele recebe ajuda que o leva à conversão por intermédio do bispo Ambrósio. Convertido ao cristianismo continua investigando o problema e chega ao ponto de sistematizá-lo em três níveis: o mal metafisico-ontológico, o mal moral e o mal fisico. Outra consideração deveras importante é o problema da liberdade em que o hiponense levanta-se como pertinaz defensor do livre arbitrio do homem. A vontade é o bem mais precioso desde que usada corretamente, porém, com a Queda do homem perdeu o direito de escolha e só poderá restabelecê-lo com o auxílio da Graça. Ao surgirem as heresias de Pelágio, que proclamava a onipotência moral da vontade humana, Agostinho se posiciona como o mais ferrenho defensor da Graça e escreve várias obras apologéticas que vão lhe outorgar, com justiça, o título de "Doutor da Graça". Preocupado com o homem e seu destino volta-se a escrever sobre os aspectos filosófico-teológico e ético- político cujo fim último é alcançar o Bem supremo pois crê que o homem feliz, mesmo com os pés na terra, tem um compromisso com a eternidade. A fundamentação desta dissertação consta das obras clássicas de Agostinho, O Livre Arbitrio, Confissões e A Cidade de Deus, e algumas fontes complementares. É necessário vislumbrar uma visão mais positiva da questão do mal purificando-a de conceitos equivocados e teorias inconsistentes e numa atitude despretensiosa, alimentar no espirito a esperança de haver chegado o mais próximo da meta, perseguida passo a passo. A preocupação com o método é o de preservar o âmago do pensamento agostiniano, no qual prevalece a interpretação filosófico-teológica. O ápice desse esforço investigativo termina por sinalizar para a mais significativa descoberta de Agostinho: "O mal é ausência de bem não tendo substância, é um verdadeiro "não-ser". Em termos metafísicos o mal não existe no universo. Deus criou boas todas as coisas, porém, o mal é ausência e negação de todo o Bem.</span></font></div>