O livre arbítrio e o mal numa abordagem agostiniana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Guerra, Fabíola Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=102603
Resumo: <font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">O presente trabalho se ancora, teoricamente, nas ideias filosóficas agostinianas, mais especificamente com a discussão sobre o livre-arbítrio desenvolvido por Santo Agostinho de Hipona (350 d.C a 430 d.C). Segundo o filósofo medieval, na obra De libero arbítrio ou O Livre-arbítrio, o referido autor explica que “a possibilidade de fazer o mal é inseparável do livre-arbítrio, mas o poder de não fazê-lo é a marca da liberdade”. Ou seja, se toda a criação é construída por Deus, e Deus é o sumo bem, não pode ter criado o mal, por não fazer parte da sua essência. Pensando nisso, o mal ontológico, ele não existe. Sobretudo, o mal no mundo, é o mal moral, que segundo o filósofo Santo Agostinho, é o pecado. Os homens cometem o mal utilizando do seu livre-arbítrio para se resguardar dos seus atos. O autor ainda sublinha que o livre-arbítrio foi dado por Deus para que o homem viva em retidão, logo escolha sempre o bem. Porém, por se tratar de um mundo terreno, local onde preponderam os atos volitivo-emotivo, o homem acaba por usar de forma errônea o livre-arbítrio, e, por isso, é privado de sua liberdade. A partir das nossas reflexões norteadas sobre as ideias agostinianas, observamos que as discussões sobre o livre-arbítrio, ao longo de parte da história, geraram inúmeras discussões, seja de estudiosos cristãos ou não. Mediante isso, uma questão direciona todo o nosso trabalho: “Se Santo Agostinho rejeitou a existência ontológica do mal, levando-o de imediato a conclusão de que só é possível fazer o bem, como numa realidade unicamente boa, em que as pessoas só realizam o bem, o mal é cometido?” Dessa forma, objetivamos refletir, discutir e compreender, segundo a filosofia agostiniana, as possíveis relações existentes entre o livre-arbítrio humano e a origem do mal. A partir da reflexão feita da obra supracitada, temos por finalidade alcançar uma compreensão que deverá mostrar o resultado frente às pautas levantadas ao longo da nossa pesquisa.</span></font>