Caracterização de plantas medicinais baseada na composição mineral e atividade antioxidante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Lopes, Maria de Fatima Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual do Ceará
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=70950
Resumo: <span style="font-style: normal;">O Brasil apresenta reconhecida biodiversidade, e apesar da sua herança indígena quanto à utilização da flora nacional, apenas uma fração diminuta de nossas plantas nativas foi devidamente estudada. Considerando as propriedades curativas das plantas medicinais e devido à importância de vários elementos minerais nos processos metabólicos dos seres humanos e a eficácia de alguns antioxidantes à base de plantas, o objetivo desse trabalho foi avaliar a atividade antioxidante e a composição mineral de extratos de plantas medicinais</span><em> in natura</em> e processadas. Foram selecionadas onze espécies <em>in natura</em>, sendo dez coletados no Horto de Plantas Medicinais da Universidade Federal do Ceará e uma num sítio na localidade de Cascavel-Ce. As outras catorze amostras foram chás industrializados, adquiridos no comércio local. As amostras foram submetidas a tratamento por digestão via seca ou digestão ácida por microondas, e analizadas por espectroscopia de absorção atômica com chama ou espectroscopia de emissão atômica com plasma indutivamente acoplado. Para determinar a atividade antioxidante o método de captura dos radicais livres DPPH foi utilizado. Foi também determinado o teor de fenois totais nas amostras de chás comerciais. O estudo dos constituintes minerais das folhas de chá<em> Hancornia speciosa</em> indicaram a presença de micronutrientes (Zn, Cu, Mn e Se) em quantidades significativas. Foram observados níveis mais elevados desses elementos quando foi usada secagem por microondas. Verificou-se que os macrominerais extraídos nas infusões não atendem as necessidades diárias de todos os elementos investigados, no entanto, algumas destas espécies podem ser importantes como suplementos alimentares. De acordo com a ingestão diária recomendada, as espécies <em>Mentha pulegium</em>, <em>Nerium oleander</em>, <em>Datura stramonium</em> são boas fontes Ca, K e Mg, respectivamente. No entanto, vale ressaltar que <em>N. oleander </em>e <em>D. stramonium</em>, plantas comprovadamente tóxicas, devem ser utilizadas com bastante critério. <em>Capraria biflora</em> apresentou o maior conteúdo de Al e deve ser usada com moderação. Em relação a todos os micro-nutrientes, pode ser enfatizado que<em> Mentha pulegium </em>apresentou níveis elevados de ferro, manganês e zinco, quando comparado com plantas previamente estudadas e doses de referência dietética para minerais. <em>Peumus boldus</em> e <em>Phyllanthus niruri </em>apresentaram atividade antioxidante semelhante a <em>Camellia sinensis</em>, cujo potencial antioxidante foi comprovado <em>in vivo</em> e i<em>n vitro</em>. Visto que algumas espécies foram identificadas como possíveis fontes de antioxidantes e alimento com função terapêutica, a população pode se conscientizar da importância do consumo dessas plantas, bem como utilizar de maneira correta espécies tradicionalmente utilizadas. Associado a isso, o uso dessas espécies pode levar a custos reduzidos com saúde, prevenção e cura de um número de doenças prevalentes, e uma dieta melhorada da população. Palavras-chave: Chás medicinais. Alimento com função terapêutica. Antioxidante natural.