Estudo da confiabilidade do teste isocinético para inversores e eversores de tornozelo em indivíduos com entorse por inversão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Noronha, Marcos Amaral de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/20862
Resumo: Este estudo teve como objetivo geral avaliar a confiabilidade do teste isocinético nos movimentos de inversão e eversão, em tornozelos que sofreram entorse em inversão bem como em seus contralaterais. De forma específica, os objetivos foram: verificar a correlação entre os picos de torque gerados nos testes e re-testes, dos movimentos de inversão e eversão nos tornozelos lesados e não lesados, comparar os picos de torque gerados nos movimentos de inversão entre tornozelos lesados e seus contralaterais (não lesados), bem como comparar os picos de torque gerados nos movimentos de eversão entre tornozelos lesados e seus contralaterais (não lesados), e também verificar entre os grupos musculares inversores e eversores, tanto em tornozelos lesados quanto não lesados, quais os grupos musculares que geram maiores picos de torque. Participaram da pesquisa 14 indivíduos, sendo 11 do sexo masculino e 3 do sexo feminino, os quais aceitaram o convite para realização dos testes. Para a coleta de dados foi utilizado o dinamómetro isocinético Kinetic-Communicator (Kin-Com) modelo MP/AP. Antes dos testes, os indivíduos tiveram suas massa, estatura e lateralidade coletadas juntamente com informações relacionadas a entorse de tornozelo. Todos os indivíduos foram testados e re-testados nos movimentos de inversão e eversão dos tornozelos com um intervalo de 48 horas entre o teste e o re-teste. Os testes foram realizados em duas velocidades, 30°/s e 120°/s e foram utilizadas hastes de referência visual para melhorar a repetitividade do gesto de teste. Um mínimo de cinco ciclos de inversão/eversão foram realizados por cada indivíduo com o intuito de adaptá-los aos testes. Os Picos de Torque gerados nos movimentos de inversão e eversão foram utilizados para as análises dos dados coletados. A correlação de Pearson foi o teste estatístico escolhido para avaliação da confiabilidade do teste isocinético (correlação entre teste e re-teste) enquanto o teste t-student e teste de Wilcoxon foram utilizados para as comparações entre lesados e não lesados e entre inversores e eversores. Na correlação de Pearson, os valores obtidos variaram entre 0,82 e 0,95 mostrando que os testes dinamomêtricos para inversão e eversão foram confiáveis tanto nos tornozelos lesados quanto nos não lesados. Em relação às comparações entre tornozelos contra-laterais, os dados coletados, quando analisados diante das condições de teste, levam a uma conclusão de que não houve diferença entre eles. Na comparação entre inversores e eversores, somente em uma das condições testadas (teste a 120°/s nos tornozelos lesados) os inversores apresentaram maiores Picos de Torque do que os eversores. A partir dos resultados obtidos, pode-se concluir que o teste dinamomètrico para inversores e eversores de tornozelo, mostrou-se confiável quando associado a referências visuais facilitadoras. Não se pôde afirmar haver qualquer fraqueza muscular nos tornozelos lesados, pois as diferenças de Pico de Torque entre lesados e não lesados não foram significativas, e por fim também não se pôde afirmar haver diferença importante entre inversores e eversores lesados, possível razão para histórias de reincidência de entorse.