Efeito da automobilização articular de tornozelo na manutenção de extensão, após entorse lateral subaguda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Antunes, Paula Estevão [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/72321
Resumo: Objetivo: Analisar se a automobilização articular do tornozelo auxilia na manutenção da extensão de tornozelo no tratamento fisioterápico não supervisionado. Métodos: Pacientes diagnosticados com entorse lateral subaguda de tornozelo pelo Ambulatório de Tornozelo e Pé do Centro de Traumato-Ortopedia do Esporte (CETE) e elegíveis para a pesquisa, foram convidados a participar do estudo. Ensaio clínico cego randomizado, com grupo intervenção e grupo controle. Os voluntários da pesquisa preencheram uma ficha de avaliação contendo dados demográficos e logo em seguida, coletou-se bilateralmente a ADM na extensão de tornozelo através do WBLT, avaliando o ângulo tíbio társico em graus, com uso do dinamômetro digital. As avaliações foram realizadas em 4 etapas (i) fase inicial, (ii) 6 semanas, (iii) 3 meses e (iv) 6 meses após lesão, registrando-se amplitude de movimento (ADM) de extensão de tornozelo através do Weight Bearing Lunge Test (WBLT) e coleta dos questionários de função (Cumberland Ankle Instability Tool - CAIT), cinesiofobia (Tampa Scale for Kinesiophobia - TSK) e qualidade de vida (12-Item Short-Form Health Survey - SF-12). Resultados: Para o grupo intervenção com membro lesionado, as análises a posteriori (post-hoc de Bonferroni) demonstraram que houve um acréscimo significativo nos níveis de ADM em 6 semanas (M = 36,467; DP = 1,266), comparado com o inicial (M = 33,467; DP = 1,459; p < 0,001). O aumento significativo dos escores se manteve quando comparados entre o de 3 meses e 6 semanas (p < 0,001) e 6 meses e 6 semanas (p < 0,001). Não houve diferença significativa entre os escores de 3 meses e 6 meses (p = 0,254), indicando uma tendência da manutenção do escore após 3 meses. Para o grupo controle com membro lesionado, foi observada um aumento significativo dos escores de ADM em 3 meses (M = 32,067; DP = 1,195), quando comparado ao inicial (M = 30,067; DP = 1,459; p = 0.14). A adesão ao programa obteve uma média de 93%. Conclusões: Este estudo trouxe como perspectiva a viabilidade do ganho de extensão de tornozelo após entorse lateral subaguda, no tratamento não supervisionado. Investigar novas técnicas de tratamento que busquem maior praticidade e redução de custos, através do tratamento a distância, é uma alternativa que pode melhorar a adesão ao tratamento, assim como desfechos clínicos não favoráveis.