Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Farias, Gisele Aparecida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/18099
|
Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo descrever e refletir sobre o processo de construção teatral do texto dramatúrgico Dona Jacinta, que aborda o protagonismo da mulher negra e a relação com seu cabelo e corporalidade, problematizando o local no qual a sociedade tem colocado os corpos das mulheres negras. O texto é atravessado por histórias reais da autora, e de outras mulheres negras, e propõe o debate interseccional, relacionando classe, raça e gênero; trata de conhecimentos ancestrais, revelando a importância da luta contra o epistemicídio e o genocídio no contexto da diáspora africana. A pesquisa abordará aspectos relativos ao processo de aceitação da mulher negra, tendo em vista refletir sobre: como a história social da beleza foi construída através de estereótipos pautados pela branquitude; como os processos de encobrimento do cabelo natural e os constrangimentos que levam as pessoas negras a passar um alisante e transformar fios crespos em liso, permitem revelar facetas do racismo; como a ideia de beleza torna-se uma tecnologia de superioridade, de desvalorização e de internalização da ideia de que quanto mais escura a cor da pele e mais crespo o cabelo, maior a desvalorização estética e social. A pesquisadora recorre a escrevivência, desenvolvida por Conceição Evaristo, para trazer experiências que cruzam a vida de várias mulheres negras, utilizando-se também da criação artística como forma de resistência e valorização da beleza feminina. A esperança é de que a reflexão teórica e a arte se encontrem na personagem Dona Jacinta, com sua história de fé, força e luta. |