Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Emidio, Jussyanne Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.udesc.br/handle/UDESC/16049
|
Resumo: |
Este trabalho desenvolve-se a partir de reflexões e aprofundamentos da noção de performance como episteme nos discursos e nas práticas feministas nas artes da cena, tendo como eixo de investigação a elaboração da perfopalestra Bruxas, Santas, Loucas, Velhas, Meninas, "Belas, Recatadas e do Lar" (2016). Nesse sentido, o trabalho artístico se torna um modo de conhecer e de reconhecer os aspectos políticos, artísticos, socioculturais, históricos, imagéticos e etnográficos que deram origem a própria perfopalestra, incidindo também na subjetividade da artista-pesquisadora. Organizado em quatro camadas que evocam referências geológicas, o trabalho apresenta o caminho percorrido pela artista-pesquisadora e o desvelamento do que preserva, e ao mesmo tempo soterra, o corpo feminino em sua performatividade. Erupção apresenta a elaboração dramatúrgica da perfopalestra. Superfície expõe os estímulos, as parcerias e as influências contextuais, imagéticas e históricas que alimentaram o processo de criação, bem como apresenta uma primeira descrição etnográfica da pesquisa de campo. Escavação, expõe os conceitos relativos à mitologia que serviram de base para as reflexões sobre o fazer artístico em performance, relacionando-os com as narrativas das histórias de Benigna (CE) e de Albertina Berkenbrock (SC), meninas-santas populares assassinadas após tentativas de estupro. Também aprofunda conceitos que fundamentaram o trabalho, considerando principalmente a performatividade de gênero e a relação desta com a produção de arquivos e repertórios sobre as meninas-santas. Magma traz o percurso iconográfico e narrativo sobre a experiência em campo, na participação das romarias de Benigna em Santana do Cariri (CE). Por fim, traz as considerações acerca das contribuições desta investigação para o amadurecimento da artista-pesquisadora, dando ênfase à importância da prática artística como eixo fundamental para esta pesquisa, e também apresenta os desdobramentos possíveis da presente investigação, a fim de fomentar outras produções artísticas feministas como processos de cura e de denúncia de violências de gênero. As reflexões discutidas nessa tese articulam o fazer cênico feminista a escritos de Diana Taylor, Sylvie Fortin, Luciana Lyra, Judith Butler e John Dawsey. |