Estudo bioguiado da Própolis Vermelha Brasileira visando à atividade antibacteriana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rufatto, Luciane Corbellini
Orientador(a): Silva, Sidnei Moura e
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ucs.br/handle/11338/2156
Resumo: O desenvolvimento de fármacos eficientes no combate às infecções bacterianas foi um processo que revolucionou áreas voltadas à prevenção e terapêutica de doenças infecciosas. Entretanto, o uso indiscriminado destes agentes antibacterianos, fez com que as bactérias desenvolvessem inúmeras defesas, tornando-se resistentes. Esta resistência é um problema cada vez mais grave para a saúde pública mundial, impondo limitações preocupantes no tratamento das doenças causadas por bactérias. Desta forma, os produtos de origem natural emergem como importantes provedores de compostos bioativos, servindo para o desenvolvimento e a síntese de um grande número de novos fármacos. A própolis é um destes produtos, a qual vem sendo bastante utilizada na medicina popular devido as suas inúmeras propriedades biológicas, entre elas a antibacteriana, que estão associadas à presença de compostos como flavonoides, terpenos, derivados fenólicos, entre outros. Desta forma, este trabalho teve como objetivo a realização de um estudo bioguiado com o extrato hidroalcoólico da própolis vermelha de Alagoas (Brasil), sendo possível obter subfrações com significante atividade bacteriostática. A subfração SC2 demonstrou os melhores resultados, evidenciandose pela sua potente ação frente Staphylococcus aureus, Bacillus subtilis, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa, com CIM de 56,75 µg.mL-1, 28,37 µg.mL-1, 454 µg.mL-1 e 227 µg.mL-1, respectivamente. Todavia, o estudo também revelou um efeito citotóxico frente à linhagem celular não tumoral Vero. Além disso, a caracterização química realizada por Espectrometria de Massas de Alta Resolução (EMAR), Cromatografia a Líquido de Alta Eficiência com detector UV (CLAE-UV) e Cromatografia a Gás acoplada com Espectrometria de Massas (CG-EM) permitiu a identificação de importantes compostos químicos marcadores desta própolis, como a Formononetina (m/z 267.0663), Biochanina A (m/z 283.0601) e Liquiritigenina (m/z 255.0655), além de outros compostos relevantes com 7 comprovada atividade antibacteriana. Portanto, a própolis vermelha brasileira mostra-se como uma alternativa terapêutica promissora para prevenir e combater doenças infecciosas, sendo fonte de compostos biologicamente ativos contra micro-organismos patogênicos.