Corpos em disputa: os dilemas da categoria “pardo” nas políticas de ações afirmativas de corte racial no sul do RS
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas Brasil UCPel Programa de Pos-Graduacao em Politica Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/959 |
Resumo: | O presente trabalho se propõe a apresentar o universo conflituoso das relações raciais no Brasil por intermédio das disputas de corpos brancos e negros pela categoria “pardo” no acesso às políticas de cotas na Universidade Federal de Pelotas. A pesquisa realizada na tese parte das reflexões que surgem a partir da minha vivência nas bancas de heteroidentificação entre os anos 2016 e 2020. Parto da denúncia realizada pelo coletivo estudantil “Setorial Negro Quem Ri de Nós Tem Paixão” como fato condutor de compreensão do tipo de racismo existente no Brasil, bem como os processos de implementação e efetivação da política de cotas com corte racial. Como metodologia, utilizo da pesquisa qualitativa, por intermédio da autoetnografia, alicerçada na experiência compartilhada com intelectuais negros e negras nos processos de efetivação da política nas bancas de heteroidentificação. No intuído de compreender o pardo em disputa, realizei pesquisa documental nas redes sociais da UFPel, atendo-me aos comentários e postagens sobre a denúncia, e no site JusBrasil, atendo-me aos processos públicos disponíveis e, especificamente, às justificativas dadas pelos candidatos indeferidos nos processos judicializados. Para compreender as disputas do pardo, apresento o Brasil pensado e escrito por mulheres negras através da categoria de experiência compartilhada em conjunto com as noções de escrevivência e epistemicídio, as quais servem como guias conceituais condutores no processo de desenrolo das relações raciais no Brasil. Em seguida, parto para a compreensão da categoria “pardo” pelo entrecruzamento dos campos da histórias, ciências sociais, estudos das relações raciais, bem como da vivência dos interlocutores entrevistados e dos usos da categorias pelos candidatos indeferidos e denunciados. Por fim, apresento o campo de disputa do pardo nos processos de heteroidentificação, bem como as batalhadas travadas cotidianamente e estruturalmente entre as noções, práticas e visões de mundo da branquitude em confronto à negritude. |