Discursos no Facebook acerca do lançamento do filme Mulher-Maravilha: uma discussão de questões feministas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: BAINI, Maria Cecilia Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
Centro de Ciencias Sociais e Tecnologicas#
#-8792015687048519997#
#600
Brasil
UCPel
Programa de Pos-Graduacao em Letras#
#8902948520591898764#
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/712
Resumo: A personagem Mulher-Maravilha é reconhecidamente feminista e figura, juntamente com Superman e Batman, uma das principais super-heroínas da DC Comics. Ela é a super-heroína feminina mais conhecida da grande massa. No entanto, foi só em 2017, 75 anos depois de seu lançamento que a personagem ganha uma obra cinematográfica própria. Com o advento das tecnologias da informação e com a apropriação dos espaços dos sites de redes sociais, a temática do feminismo vem ganhando força e tem sido amplamente discutida. Neste estudo analiso, então, a discussão nos sites de redes sociais sobre as questões de gênero, no que se refere ao lançamento do filme Mulher-Maravilha, em quatro publicações na página de Facebook oficial da obra. Investiguei, nos comentários sobre o lançamento do filme, a presença de debate sobre as questões feministas, a fim de identificar os temas discutidos. Minha hipótese era de que o filme fosse capaz de mobilizar discursos sobre empoderamento feminino. Para este projeto, primeiro traço um breve histórico sobre como as questões de gênero têm sido discutidas desde os anos 1930 até os dias atuais. Em seguida, abordo sobre como os estudos de gênero são entendidos hoje e sobre a presença do feminismo na Internet. Questões sobre poder e discurso são trazidas à tona ancoradas nos preceitos de Bourdieu (1996) e Foucault (2013), que descrevem elementos para se pensar na produção do discurso como sendo um produto das relações de poder em uma sociedade. Entendo a linguagem, enquanto forma de naturalizar o poder, através do conceito de habitus (BOURDIEU 1989), e a considero como uma das formas de perpetuação da desigualdade dos gêneros. Recorro à Recuero (2012, 2014) para descrever a comunicação mediada pelo computador e seus aspectos relevantes para análise deste estudo, compreendendo-a como um produto social, capaz de simular elementos da conversação oral. Entendo, assim como Herring (2001), que a comunicação textual é parte dos discursos que vêm a construir comportamentos. Assim, utilizo aportes teóricos e metodológicos da Análise do Discurso Mediada por Computador, desenvolvidos por Herring (2001, 2004) na tentativa de encontrar padrões capazes de indicar a presença de discussão sobre o empoderamento feminino, bem como identificar outros padrões recorrentes de discurso.