[pt] A PRESENÇA SOCIAL EM UM AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM: UMA PROPOSTA DE ANÁLISE À LUZ DA LINGUÍSTICA SISTÊMICO-FUNCIONAL
Ano de defesa: | 2012 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=20608&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=20608&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.20608 |
Resumo: | [pt] A presença social em um ambiente virtual de aprendizagem: uma proposta de análise à luz da Linguística Sistêmico-Funcional é um estudo de caso interpretativista dos elementos que contribuem para a co-presença (Goffman, 1963) e para a representação do eu (Goffman, 1959/2009) em um contexto pedagógico on-line. Adotando uma visão Sistêmico-Funcional da linguagem (Halliday, 1994), a tese analisa, pelo viés das variáveis Campo, Modo e Relação (Halliday e Hasan, 1989) e da Teoria da Valoração (Martin, 2000), 510 textos escritos por treze professores de idiomas em um curso de dez semanas no TelEduc sobre a produção de material digital. O corpus contém amostras coletadas em três ferramentas: perfil, fórum de discussão, e portfólio. A tese propõe um modelo teórico-metodológico que engloba o estudo das funções discursivas, dos recursos para aproximar a escrita da fala, das escolhas lexicogramaticais referentes a Participantes e Processos, além de manifestações de Afeto, Julgamento e Apreciação. Contempla, também, uma categorização dos tipos de mensagens e como estas se relacionam para formar conversas, ou cadeias, entre os participantes. O estudo aponta que o perfil é o único espaço em que há apenas uma ação social (se apresentar ao grupo). Nos fóruns e portfólios, nos quais há seis outras ações, os pedidos de ajuda e os oferecimentos de soluções ou de apoio moral são as ações mais frequentes, seguidas pelo provimento de feedback sobre as atividades dos colegas nos portfólios. Esse resultado sugere que a natureza prática do curso faz com que as reflexões sobre as leituras e as atividades-modelo, apesar de obrigatórias, fiquem em segundo plano. Há também mensagens que visam somente à socialização (pedidos de desculpa, por exemplo), à autoavaliações, e à descrição das atividades nos portfólios. Dependendo do Campo e da ferramenta, essas ações são mais comumente realizadas de modo independente, gerando textos orientados para um único propósito comunicativo (amostras de Campo simples), ou são combinadas (amostras de Campo combinado), gerando textos com propósitos múltiplos, principalmente visando a salvar a face do autor. Para construir um senso de comunidade, muito contribuem a função discursiva identificar-se com o outro e os recursos que tendem a emular a fala, o que torna a escrita mais pessoal e interativa. A visão dos sujeitos se faz presente na tese por meio das opiniões coletadas em dois questionários on-line e em uma entrevista via email. O cruzamento dos comportamentos linguísticos e das opiniões dos participantes revela que há alguns desencontros entre o que se espera e o que acontece no espaço de interação, especialmente no que tange o provimento de respostas nos fóruns, verificável pela análise das funções perguntar e questionar, e o conteúdo apresentado nos perfis, verificável pela análise das funções discursivas que estruturam os mesmos. Essas evidências apontam para possíveis implicações pedagógicas, as quais podem requerer revisões de práticas docentes e discentes nos cursos on-line. |