#Eleitas: Violência simbólica de gênero e resistência em publicações da página Quebrando o Tabu sobre a participação feminina na política

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silveira, Graciele Urrutia Dias
Orientador(a): Recuero, Raquel da Cunha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14460
Resumo: A presente investigação tem como objetivo discutir de que maneiras a violência simbólica (BOURDIEU, 1989; ZIZEK, 2014) de gênero se apresenta em comentários de três publicações da campanha Eleitas, divulgada pela página Quebrando o Tabu, no Facebook, assim como debater estratégias de resistência (FOUCAULT, 1988) utilizadas pelas mulheres nesse meio. Além disso, são abordadas as implicações da disseminação de discursos carregados de violência simbólica de gênero no ambiente das interações on-line, assim como a repercussão das estratégias de resistência criadas pelas mulheres nas conversações (BERTOLINI E BRAVO, 2004; RECUERO, 2014). Para esse fim, os dados coletados foram estudados com base na pesquisa da Análise do Discurso Crítica (FAIRCLOUGH, 2012; 2016) e com o auxílio da Análise de Discurso Mediada por Computador, de Herring (2001; 2004). Ao final de tal etapa, foi possível compreender que a violência simbólica se manifestou por meio de depreciação das mulheres e dos ideais feministas, de culpabilização delas por não haver igualdade de gênero, de acusações sem base sólida com relação a gestoras, de humor sexista, de estereótipos, de exclusão e de desinformação. Diante de tais manifestações, foram observados modos de resistência, como enfrentamento direto em relação aos usuários que demonstraram atitudes de violência, elogios à administração de gestoras consideradas competentes, denúncias de injustiças com o gênero feminino, incentivo ao voto em mulheres, defesa de governantes amplamente criticadas, amparo a lutas feministas e enaltecimento de características consideradas femininas. Com relação ao impacto da violência e das resistências no ambiente interacional, os valores que emergiram com maior frequência foram visibilidade, popularidade e suporte social.